Presidente do TST defende reforma sindical ao ser empossado

Brasília – O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Rider Nogueira de Brito, foi empossado como presidente do tribunal em cerimônia realizada neste sábado (2). No discurso oficial, ele destacou que ?nada no campo trabalhista se fará útil e duradouro, sem uma reforma da legislação sindical, que possa dar como fruto o nascimento de sindicatos realmente representativos da classe trabalhadora?.

"Acredito que pela atuação dos sindicatos é que pode ser operada a atualização, a modernização e a simplificação da legislação trabalhista brasileira. Por mais representativo que seja o Congresso Nacional, são os sindicatos que melhor conhecem a realidade das relações de trabalho?, acredita Brito.

O trabalho dos sindicatos, segundo o novo presidente do TST, deve ser embasado em assembléias gerais, que contenham a opinião da maioria dos trabalhadores. A partir disso, ?as normas trabalhistas podem ser cumpridas e serão reduzidos os conflitos e o número de ações nos órgãos da justiça do trabalho?.

Brito reitera também que é falsa a impressão que a classe trabalhadora brasileira é ?uma das mais protegidas do planeta?, já que ?são várias as parcelas e contracheques que não proporcionam condições dignas de vida?.

O novo presidente do TST afirma que em 12 anos, houve aumento de cerca de 200 mil processos esperando julgamento no tribunal, e que ?nunca se julgou tanto, nem se foi tão produtivo?. Mas enfatiza que ?a procura de meios para julgar mais rápido um maior número de processos beira a irresponsabilidade?, isso porque ?corre-se o risco de não julgar bem?.

Tomaram posse também Milton de Moura França, como vice-presidente do TST, e João Oreste Dalazen, corregedor-geral da União. Os três foram eleitos no dia 8 de fevereiro para assumir os cargos por dois anos.

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