Presidente da Petrobras faz discurso em defesa do PAC

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, fez defesa inflamada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em seminário realizado nesta terça-feira (30), na sede da estatal, no Rio, promovido pelo jornal ‘O Dia’. Gabrielli destacou a importância de o País ter, a partir de agora, uma "agenda" para acelerar investimentos. "O programa introduziu uma nova agenda que não existia e que traz o Estado com um papel indutor de investimentos e não mais somente como definidor das regras para o setor privado", destacou.

Para o executivo, o programa tem três elementos macroeconômicos importantes a serem considerados. O primeiro deles é o "choque de crédito" na economia. "A capacidade de financiar novos projetos e criar alternativas de longo prazo, seja via BNDES, seja por meio de fundos, é de fundamental importância para que os investimentos apareçam", disse.

O segundo elemento destacado por Gabrielli é a real possibilidade de crescimento produtivo. "O PAC vai permitir o crescimento real do salário mínimo, contribuindo para exercer uma maior pressão de consumo doméstico no país", avaliou. O terceiro elemento destacado pelo executivo foi o desempenho público das estatais, que "terão papel multiplicador importante na aceleração de investimentos em infra-estrutura no país", comentou.

Ainda em sua apresentação, Gabrielli aproveitou para retrucar o diretor de estudos macroeconômicos do Ipea, Paulo Levy, que havia se apresentado pouco antes, cobrando uma maior agilidade do governo para a realização das reformas tributária, jurídica e trabalhista, que, em sua opinião, seriam fundamentais para acelerar o crescimento.

"É claro que temos a necessidade de uma agenda de ajustes regulatórios. Todas as reformas agendadas continuam a coexistir com a nova dinâmica de crescimento, mas não há possibilidade de esperar que elas ocorram para criar esta agenda vislumbrada com o PAC", enfatizou Gabrielli.

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