Presidente da Petrobras afirma que estatal vai adicionar US$ 216 bi ao PIB

A Petrobras espera adicionar US$ 83,4 bilhões ao seu valor nos próximos cinco anos, disse esta tarde o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, em entrevista coletiva à imprensa, convocada para detalhar o plano de investimentos anunciado pela empresa na sexta-feira. "Isso significa dizer que, mesmo investindo mais de US$ 80 bilhões no período, ainda vamos gerar esta mesma quantia para os acionistas", afirmou. O novo plano de investimentos da Petrobras somará US$ 87,1 bilhões no período 2007-2011.

Segundo Gabrielli, no período, o valor adicionado pela empresa ao PIB brasileiro será de US$ 216 bilhões, sendo US$ 46 bilhões na cadeia produtiva de investimentos, US$ 53 bilhões na cadeia produtiva dos gastos operacionais e US$ 117 bilhões do valor da Petrobras no País.

Para o planejamento estratégico, a empresa afirmou que elevou o retorno sobre capital empregado, de 15% para 16%. Além disso, elevou a captação de recursos por financiamento de US$ 2,9 bilhões para US$ 3,1 bilhões.

Preço do barril

A Petrobras decidiu manter o preço de referência do barril de petróleo abaixo da média indicada pelos analistas no mundo todo. Segundo o presidente da estatal, a idéia é manter um maior escopo para os projetos a serem desenvolvidos pela empresa. "Sob certa análise, podemos ser considerados bastante conservadores. Vamos esperar uma lucratividade menor, mas com isso garantimos maior financiabilidade dos projetos e menores riscos", afirmou.

De acordo com o planejamento da empresa, enquanto a banda de previsões dos analistas varia de US$ 60 a até US$ 100 o barril, entre 2006 e 2015, a Petrobras cravou um máximo de US$ 62 para o barril em 2006, que cai para US$ 56 em 2007, US$ 42 em 2008, US$ 38 em 2009 e US$ 35 a partir de então. Apesar de conservadora, a projeção é pelo menos US$ 10 maior do que no planejamento anterior para 2010.

Gás boliviano

O novo plano de investimentos da companhia considera "como válido" o atual contrato de fornecimento de gás com a Bolívia, que prevê 30 milhões de metros cúbicos do produto para o Brasil em 2010, disse Gabrielli. "O contrato está em vigor até 2019 e está sendo considerado como válido no nosso plano estratégico.

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