Presidente da Câmara faz advertência verbal para Guadagnin no Plenário

O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), fez a leitura de censura verbal (advertência) à deputada Angela Guadagnin (PT-SP), no Plenário da Câmara. O motivo foi por ela ter dançado no Plenário, na sessão que absolveu o deputado João Magno (PT-MG) da cassação.

Na censura, Aldo afirmou que a deputada havia infringido o art. 5, inciso 2 do Código de Ética e Decoro Parlamentar "por haver comemorado, no Plenário da Câmara, em ritmo de dança, o resultado da votação pela rejeição do parecer do Conselho de Ética , que declarou a perda do mandato do seu colega de partido, deputado João Magno (MG), o que configurou ofensa ao Decoro Parlamentar".

A punição à deputada foi proposta pelo PPS, em representação apresentada ao Conselho de Ética, alegando que a dança da parlamentar em Plenário repercutiu negativamente na sociedade e prejudicou a imagem da Câmara. A representação do PPS foi encaminhada pelo Conselho de Ética à presidência da Câmara, que pediu ao corregedor-geral da Casa, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), para analisar a matéria. O corregedor propôs censura verbal à deputada Guadagnin. A proposta do corregedor foi aprovada hoje por unanimidade dos membros da Mesa Diretora da Câmara.

A deputada, que não foi vista no Plenário na hora da leitura da censura verbal, já havia usado a tribuna da Câmara, logo após a repercussão do fato, para pedir desculpas aos parlamentares e à sociedade.

Na ocasião, ela disse que não teve intenção de ferir ninguém e que seu gesto foi uma forma de expressar seu sentimento. Ela afirmou que sua atitude é amparada pela Constituição, que assegura a todo cidadão o direito de livre expressão de opinião e pensamento. Guadagnin afirmou, também, que sua atitude não devia ser interpretada como quebra decoro parlamentar.

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