A Prefeitura de Curitiba já recolheu neste ano 250 toneladas de lixo dos rios da cidade. Por dia, são retirados em média duas toneladas de entulhos e resíduos sólidos como plásticos, pneus, vidros e outros materiais dos leitos e margens dos principais afluentes das bacias hidrográficas de Curitiba. Nesta semana as equipes de limpeza especial estão concentradas na limpeza do rio Guaíra, na Vila Parolim.
"A freqüência é diária e para os trabalhos de limpeza dos rios são destacados 25 funcionários, e em determinados dias e datas especiais a secretaria do Meio Ambiente coordena mutirões de recolhimento", explica a gerente de Limpeza Pública da Prefeitura, Gisele dos Anjos. As equipes já limparam os rios que deságuam no Atuba, Bacacheri, Barigüi, Belém, Iguaçu e Ribeirão dos Padilhas.
Por mês, a Prefeitura gasta R$ 54 mil com esse serviço. Segundo a gerente, o investimento poderia ser menor ou até desnecessário se a população fosse mais cuidadosa com o lixo. "Curitiba é coberta por 100% de coleta de lixo, incluindo Lixo que Não é Lixo, tóxico, vegetal e domiciliar, e em alguns setores da cidade a coleta chega a ser diária. Mesmo assim, algumas pessoas ainda jogam resíduos em fundos de vale, rios e outros locais quando basta colocar o lixo em sacos bem fechados na frente de casa, perto do horário dos caminhões passarem", explica.
Os cuidados com o lixo citados devem ser os mesmos em qualquer região da cidade. "O desleixo de um morador do centro pode acabar virando o problema de outros na periferia, sem contar os prejuízos para a qualidade da água de forma geral", alerta Gisele.
Para orientar a população a cuidar melhor do lixo domiciliar a prefeitura faz uma série de atividades de educação ambiental. Desde março, por exemplo, agentes ambientais estão percorrendo as principais ruas e avenidas Curitiba, com grande concentração de comércio e fluxo de pessoas, para alertar os proprietários, gerentes e síndicos de condomínios sobre o horário de disposição do lixo para coleta municipal.
O alerta da Prefeitura se deve ao fato de que muitas pessoas, principalmente comerciantes, não respeitam os horários recomendados pelo Departamento de Limpeza Pública. Exposto ao tempo e à ação de coletores informais, entre outros fatores, o material pode acabar se espalhando pelas ruas, calçadas e galerias de águas pluviais. O lixo esparramado também dificulta o trabalho dos coletores do caminhão de limpeza.
Em áreas de difícil acesso para os caminhões, são colocadas caçambas estacionárias para que a população deposite o material e a Prefeitura faça o recolhimento destes resíduos. "Existem ainda os programas sociais como a Compra do Lixo e o Câmbio Verde, que funcionam como pontos de apoio ao cidadão", diz Gisele.