O vice-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, participou na manhã desta quarta-feira (23) de uma homenagem aos ex-combatentes curitibanos da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A homenagem foi realizada no Museu do Expedicionário, onde foi descerrada uma placa em memória aos 204 pracinhas de Curitiba. "Estamos aproveitando o aniversário da cidade para demonstrar o nosso reconhecimento a todos os ex-combatentes, que nos representaram muito bem durante a Segunda Guerra Mundial", disse Ducci.
O veterano da guerra, o major reformado Benur Augusto Muniz, afirmou que a homenagem da prefeitura servirá para manter viva a memória dos ex-combatentes de Curitiba. "Graças a esta homenagem, a cidade passa a ter agora uma identificação definitiva dos heróis curitibanos que estiveram em combate em favor do Brasil", explicou, destacando que são poucas as cidades que, como Curitiba, preservam a memória dos expedicionários brasileiros.
Este ano, além do aniversário dos 312 anos de Curitiba, comemora-se também os 60 anos da conquista de Monte Castelo. Dos 25 mil brasileiros que participaram da campanha de guerra na Itália, 1360 eram paranaenses e 34 morreram durante a Guerra.
Dos 25 mil brasileiros que partiram para a Segunda Guerra, 430 morreram em combate. Dos 1.360 paranaenses que lutaram na Europa, 204 eram de Curitiba. Trinta e quatro pracinhas do Paraná pereceram na Itália.
É paranaense, de Rio Negro, o maior herói da FEB, Max Wolf Filho. Também é do Estado, Ernani Vidal, o primeiro expedicionário a chegar ao topo do Monte Castelo, em 21 de fevereiro de 1945. Após duros combates, 25 mil soldados alemães, incluindo dois generais, se renderam às tropas brasileiras.
Para preservar a memória dos pracinhas que lutaram em solo italiano, a Legião Paranaense dos Expedicionários construiu o Museu do Expedicionário, que foi inaugurado em 15 de novembro de 1.951.
Museu
Além da placa em homenagem aos Pracinhas foi feita a revitalização do Museu do Expedicionário, que ganhou nova iluminação. A prefeitura substituiu postes com 36 lâmpadas de mercúrio 125W por postes de três metros de altura, com lâmpadas de sódio 250W. Também foram trocados todos os projetores e equipamentos que iluminavam o avião e a fachada do Museu. Os equipamentos estavam com a vida útil vencida e foram implantados sete projetores novos com equipamentos e lâmpadas de vapor metálico 250W.
O museu possui um grande acervo de armas, fotos e objetos usados pelos soldados brasileiros. Uma rara unidade de um Thanderbolt P-47 está exposto em frente ao museu. O avião foi pilotado pelo gaúcho Alberto Martins Torres, tendo realizado mais de 100 missões na Itália.
Segundo o diretor do Museu do Expedicionário, João Ângelo Belotto, que é filho do expedicionário falecido Victório Belotto, é cada vez maior o interesse de pessoas de Curitiba e de visitantes de outras cidades e Estados em conhecer o Museu. De terça a sexta-feira, o Museu está aberto das 10h às 12h, e das 13h às 17h. Aos sábados e domingo, atende das 13h às 17h, permanecendo fechado às segundas-feiras.
Serviço:
O Museu do Expedicionário em Curitiba fica na Praça do Expedicionário, no Alto da XV, com horário de visitas de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 13h as 17h. O tel para contato é (41) 362-8231.
Site: www.curitiba-parana.com/museu-expedicionario.htm