A Secretaria Municipal de Obras terminou nesta quarta-feira a instalação dos novos cabos de iluminação pública no viaduto do Hauer, que fica na avenida Marechal Floriano Peixoto sobre a BR-476 (antiga 116). Depois de três furtos no mês de novembro, foi necessário trocar toda a fiação subterrânea, que passava por baixo do viaduto, por cabos aéreos que praticamente impedem a ação dos ladrões.
"Não é a melhor solução estética, porque os cabos ficam como um varal sobre o viaduto, mas não tivemos escolha. O vandalismo e a falta de respeito pela comunidade nos obrigou a fazer o cabeamento aéreo", explicou o diretor do departamento de iluminação pública da Prefeitura, Eduardo Aichinger.
O mesmo está sendo feito no viaduto do Capanema, que passa ao lado dos Moinhos Anaconda e liga a rua Ubaldino do Amaral à avenida Omar Sabbag. Toda a fiação subterrânea dos dois lados da pista, num total de mil metros de cabos, foi roubada há três semanas. A troca da fiação termina na próxima semana.
O trabalho é demorado porque os viadutos têm tráfego intenso de veículos, por isso os técnicos só podiam trabalhar nos horários de menor movimento. Foi preciso usar caminhões do tipo "munk", que possuem um braço articulado que sobe até 15 metros, para que os cabos fossem colocados numa altura a salvo dos vândalos.
Desde janeiro, a Prefeitura já registrou o furto de cerca de 20 mil metros de cabos de alimentação da rede de iluminação pública. Foram gastos R$ 250 mil nesse período para fazer a reposição do material. Entre os locais atingidos recentemente, estão o parque do Atuba, o Parque Tingüi e diversos pontos da BR-476.
O departamento de iluminação pública registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Furtos e Roubos para que a polícia investigue os casos, que estão se tornando cada vez mais freqüentes. O diretor de iluminação pública afirma que é necessário que a polícia investigue quem são os receptadores do material.
"Esse cabos são feitos de material nobre, como cobre, alumínio e aço, mas depois de arrebentados só servem para sucata. É preciso encontrar os locais onde esse material pode ser comprado", explica Aichinger.