Preço no atacado subiu 4,29% no ano e no varejo, 2,05%

Os preços no atacado fecharam o ano de 2006 com alta de 4,29%, no âmbito do Índice de Preços por Atacado (IPA) do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2005, o indicador do atacado havia encerrado o ano com deflação (queda) de 0,97%.

A FGV anunciou na manhã desta quarta-feira (10) o IGP-DI de dezembro (0,26%), e o resultado acumulado de 2006 (3,79%) – sendo que o IPA representa 60% do total do IGP-DI. De acordo com a instituição, no ano passado os preços dos produtos agrícolas acumularam alta de 6,92%, ante queda de 6,34% apurada em 2005. Já os preços dos produtos industriais fecharam o ano passado com aumento de 3,46% ante elevação de 0,85% em 2005.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 1,22% em 2006, ante elevação de 3,14% em 2005. Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram aumento de 3,49% no ano passado, ante avanço de 0,19% em 2005. Já os preços das matérias-primas brutas acumularam taxa positiva de 10,07% em 2006, ante deflação de 8,23% em 2005.

Consumidor

No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acumulou elevação de 2,05% em 2006. Em 2005, o IPC registrou alta de 4 93%. O IPC representa 30% do total do IGP-DI.

Ao comentar sobre o cenário da inflação no varejo no mês passado a FGV esclareceu que a elevação mais intensa na taxa do IPC, de novembro para dezembro (de 0,24% para 0,63%), foi influenciada por aceleração e fim de deflação de preços em quatro das sete classes de despesa pesquisadas para cálculo do indicador de varejo, no período. É o caso de Saúde e Cuidados Pessoais (de 0 14% para 0,56%); Educação, Leitura e Recreação (de 0,05% para 0 17%); Transportes (de -0,16% para 3,42%); e Habitação (de -0,25% para 0,16%). Os outros grupos apresentaram desaceleração de preços, como Despesas Diversas (de 1,20% para 0,60%); Alimentação (de 0,78% para 0,05%); e Vestuário (de 1,17% para 0 62%).

Construção civil

Na construção civil, o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) fechou o ano de 2006 com alta de 5,04%, segundo a FGV. Em 2005, o índice da construção tinha subido 6,84%. O INCC representa 10% do total do IGP-DI.

Ao detalhar a inflação no setor da construção em dezembro, a FGV informou que a aceleração na taxa do INCC, de novembro para dezembro (de 0,23% para 0,36%), foi influenciada por aumentos de preços mais intensos em materiais e serviços (de 0,33% para 0 46%) e mão-de-obra (de 0,12% para 0,25%).

Voltar ao topo