A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) registrou um significativo aumento no número de caminhões durante todo o ano. O Pátio de Triagem cadastrou até 27 de agosto deste ano 338.167 carretas carregadas principalmente com cargas como soja em grão, farelo peletizado, milho e açúcar. No mesmo período do ano passado o volume foi de 222.146 veículos. O número de caminhões em 2003 já chegou a superar o número de todo o ano passado, que foi pouco mais de 299.000 veículos.
Umas das razões que levou o Porto de Paranaguá a ter aumentado expressivamente seu volume de caminhões foi a grande safra de soja alcançada este ano no Brasil, superando pela primeira vez a norte-americana.
Soja
A soja vem sendo o principal destaque no número de caminhões este ano. Segundo o setor de estatística da APPA, até agora foram registradas 183.855 carretas com soja em grão, enquanto que no mesmo período do ano passado o volume de veículos foi de 117.436. O número de caminhões com soja até 27 de agosto de 2003 superou o volume total do ano passado, que foi de 142.592 carretas.
Milho
Outro grande responsável pelo aumento no volume de veículos em 2003 é o milho. Até o ultimo dia 27 passaram pelo Pátio de Triagem 74.695 veículos. No mesmo período de 2002 foram cadastrados 28.324 caminhões. Os caminhões com milho também já superaram o volume total de caminhões do ano passado, que foi de 41.892 veículos.
Farelos
Os registros de carretas com farelo tiveram grande aumento durante 2003. Já passaram pelo Porto de Paranaguá 69.132 veículos carregados com o produto só este ano, enquanto que no mesmo período de 2002 o número de veículos foi de 33.539. O farelo, assim como a soja e o milho, superou o número total de veículos do ano passado, que chegou a 51.656.
Açúcar
O volume de caminhões carregados com açúcar é o único que não obteve aumento em 2003. De acordo com o diretor empresarial da APPA, Orsival Francisco, essa baixa ocorreu pelo fato de que até meados deste ano o Porto de Paranaguá movimentava o açúcar produzido pela empresa paulista Cooperçucar, isso porque os terminais instalados em Santos não eram suficientes para movimentar todo o produto produzido por ela. Mas, a partir de julho deste ano, a empresa se preparou junto com o Porto de Santos e estabeleceu mais um terminal para a sua produção, transferindo a movimentação de suas cargas de Paranaguá para Santos, baixando seus custos com fretes. Para o Porto de Paranaguá isso não traz problemas maiores, pois o terminal paranaense já está movimentando açúcar produzido por duas empresas paulistas, visando retomar a movimentação do produto. Alem disso, existe o fato de a maior parte do açúcar ser embarcado pelas correias do corredor de exportação, que fica liberado para a exportação de soja que se estenderá neste ano e a de milho, cuja safrinha obteve resultado acima do esperado.