Porto diz que intransigência de operadores foi causa de revolta

O superintendente do Portos de Paranaguá, Eduardo Requião, manifestou nesta sexta-feira apoio aos trabalhadores avulsos, pertencentes à categoria dos arrumadores, que acabaram se envolvendo num quebra-quebra que causou um início de incêndio num armazém durante a troca de turno no começo da noite de quinta-feira.

“O conflito foi gerado pelos empresários que atuam como operadores portuários e ocorreu para denegrir a imagem do Porto de Paranaguá, que é o que mais cresce no país”, afirmou. Os arrumadores, acrescentou o superintendente, são prestadores de serviços dos operadores portuários e se revoltaram contra uma decisão que tumultua o porto.

A decisão judicial do Ministério Público do Trabalho determinou a mudança de local e do sistema de escalação dos trabalhadores avulsos. Com a alteração, os cerca de 900 trabalhadores passariam a se concentrar no “ponto de chamada” do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmo) para aguardar as indicações diárias de trabalho.

Os trabalhadores querem a manutenção das escalas de trabalho na sede do Sindicato e a permanência do sistema próprio de escalação. “Os operadores portuários tentam, novamente, ver o porto como uma propriedade, buscando dominar o Ogmo e o Conselho de Autoridade Portuária, desrespeitando a administração pública e os sindicatos”, denunciou.

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