Porto de Paranaguá registra aumento de 250 mil toneladas de carga geral

Até a última terça-feira (18) a movimentação de mercadorias, na Carga Geral, em Paranaguá, registrava aumento de quase 250 mil toneladas, em relação ao mesmo período do ano passado. No total, 4.675.854 toneladas, entre importações e exportações, foram movimentadas pelo terminal paranaense, no segmento, até a metade de outubro.

O superintendente da Appa – Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Eduardo Requião, destaca que a geração de empregos, no momento em que vive o País, é fundamental para a população brasileira. ?Continuamos com a convicção de que o Paraná é um estado eminentemente agrícola e as estatísticas comprovam esta vocação, entretanto, podemos e devemos buscar alternativas em outros setores para, principalmente como neste ano em que a quebra da safra foi significativa, os trabalhadores mantenham seus postos de trabalho?, disse.

Para ele, algumas pessoas ?estão tentando descaracterizar a função econômica e social dos portos paranaenses, através de afirmações vazias e equivocadas. Os setores que lutam pela privatização total do Porto de Paranaguá ? onde sempre receberam favorecimentos, em detrimento dos trabalhadores -, estão tentando difundir a imagem de um porto deficitário e mal administrado, pensando em fragilizar o atual sistema de resgate da coisa pública. Divulgam supostas demissões em massa e uma decadência no sistema portuário paranaense?.

Eduardo Requião explica que os embarques de granéis sólidos, como soja e farelos, são importantes para o Paraná, mas na área portuária não são os maiores geradores de empregos, uma vez que o sistema é mecânico. ?Para operar um navio que embarca 50, ou 60 mil, ou mais toneladas de soja, por exemplo, menos de 20 pessoas o fazem. Para operar um navio com carga geral, como madeira, congelados, entre outros, são necessárias mais de 300 pessoas?, esclarece. Diz ainda, que se a safra de soja, ou de milho registra quebra, o reflexo no porto é imediato mas ?não somos plantadores e nem exportadores de soja ou milho, apenas fornecemos a infra-estrutura para o embarque. Estão querendo imputar aos portos o ônus da safra mal sucedida. A questão dos transgênicos é a máscara dos finórios, que imputam a si a defesa fantasiosa de uma situação irreal, transformando em alarmismo catastrófico um fato histórico, já verificado, por diversas vezes, desde que o Paraná passou a exportar seus excedentes agrícolas?, acrescenta.

O superintendente da Appa diz ainda que esses mesmos críticos, ?outrora, em passado não distante, se digladiavam com os trabalhadores, hoje supostamente os defendem, na ?bem sucedida? privatização dos portos brasileiros. Tampouco, os trabalhadores lembram das lutas gloriosas, com panelaços, carreatas, fechamento do comércio, entre outras ações, que enfrentaram nos oito anos do governo passado, resistindo contra a privatização total do Porto de Paranaguá. Hoje, manipulados, ou por vontade própria e aí não sei o que é pior, alguns representantes de trabalhadores se abraçam aos privatistas e se tratam como grandes amigos?.

Finalizando, o dirigente portuário, diz que a Appa continuará na sua ação de modernizar o Porto de Paranaguá, ampliar seu leque de atuação e na atração de maior volume de carga geral para que, no caso de frustração de safra, possa oferecer aos trabalhadores outras alternativas.

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