Poluição sonora

As cidades estão ficando cada vez mais barulhentas. Muitas vezes, nas ruas dos grandes centros urbanos, a poluição sonora é tanta que impede as pessoas de conversar, trabalhar com tranqüilidade, se concentrar no que estão fazendo e mesmo dormir sossegadamente.

Segundo o físico especialista em acústica Geraldo Cavalcante – responsável pela empresa Relatos Relógios Acústicos, que mantém equipamentos de medição acústica espalhados por diversos pontos de Curitiba – na capital paranaense a poluição sonora não é tão grande como a verificada em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Porém, a cidade está cada vez mais barulhenta: "Curitiba cresceu muito e, com isso, os ruídos também aumentaram. O nível de decibéis máximo indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) dentro dos centros urbanos é 70, mas 80 ainda é aceitável. Na capital, em áreas comerciais, mistas (comerciais e residenciais) e vias coletoras a média é de 70 a 78 decibéis. A passagem de veículos pesados pode elevar a 80 ou 85", afirma.

Geraldo revela que, nos últimos dez anos, a média de decibéis registrada na capital era três vezes menor. O ruído gerado em Curitiba, assim como em outras grandes cidades do País, é proveniente de academias de ginástica, bares, obras, mas principalmente da movimentação de veículos. "O governo federal está tentando implantar, a partir de 2005, a inspeção veicular. Com isso, os veículos em circulação iriam passar por inspeções onde, entre outras coisas, seria medida a emissão de decibéis. Se a inspeção for implantada, a poluição sonora gerada pelos veículos será minimizada", comenta o diretor do Detran-PR, Marcelo Almeida.

Saúde

A exposição constante a ruídos excessivos – no ambiente de trabalho, em casa, nas ruas e mesmo em ambientes de lazer – pode gerar malefícios à saúde. A professora de audiologia da PUCPR, Denise França, diz que, além de perdas auditivas, o barulho pode gerar estresse, irritabilidade, dores de cabeça, distúrbios de sono e sensação de cansaço. "A exposição continuada a ruídos excessivos influi na qualidade de vida das pessoas", finaliza.

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