Políticas desenvolvidas em locais específicos do Brasil podem servir de ajuda e exemplo a outras regiões na preservação ambiental, de acordo com Maria Cecília Wey de Brito, diretora geral do Instituto Florestal da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo. É o caso da reserva da Biosfera do Cinturão Verde, que integra o relatório da Avaliação Ecossistêmica do Milênio, apresentado hoje pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na sede da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).
"São Paulo apresenta um conjunto de variáveis e de distorções no uso de recursos que já se vê acontecer em locais onde não se imaginava em tão curto espaço de tempo no Brasil. Veja Manaus, Belém, cidades do nordeste e do sul, sofrendo os mesmos problemas que São Paulo sofre de poluição do ar, de contaminação de água, de deficiência hídrica para as culturas. Eles poderiam ter sido evitados pelo próprio exemplo de São Paulo, que não foi observado devidamente pelas outras metrópoles", ressaltou.
De acordo com Maria Cecília, o cinturão tem mais de 1,5 milhão de hectares e é um exemplo de que é possível ter ainda uma área conservada no entorno de uma metrópole como São Paulo. "Você tem condição de manter este cinturão verde em todas as cidades brasileiras. Certamente os produtos que ele proporciona de manutenção de clima, de melhoria da qualidade de vida, vai ser ótimo para todo mundo", disse.
Nesta quarta-feira (30) foi apresentado o relatório Avaliação Ecossistêmica do Milênio, pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), na sede da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). O documento faz severas críticas a conduta ambiental dos países e alerta as autoridades para o desenvolvimento de políticas de preservação dos ecossistemas.