A autoria da proposta sobre o fim do voto secreto na Câmara Municipal motivou uma discussão entre os vereadores Pedro Paulo (PT) e Professor Galdino (PSDB), na manhã desta segunda-feira (09), no plenário da Casa.
Pedro Paulo apresentou no final do dia 07 de agosto um projeto solicitando a mudança no regimento interno da Câmara para que o voto secreto seja extinto e o projeto, que entrou em discussão hoje (09), deverá ser votado no plenário nesta terça-feira (10).
Ocorre que também no dia 07 de agosto, no período da manhã, Professor Galdino apresentou um projeto de lei solicitando a mudança da Lei Orgânica do município e quer que a votação proposta de Pedro Paulo seja adiada em cinco sessões, ao afirmar que primeiro se deve votar a alteração da Lei Orgânica e depois o regimento interno.
Pedro Paulo disse que a decisão de alteração do regimento interno é um desejo da maioria dos vereadores e a discussão não pode se restringir a autoria do projeto, mas admitiu que a proposta é de sua autoria.
“O projeto foi costurado com a participação de outros vereadores e contou com o apoio das lideranças dos partidos. Penso que seja muita pretensão que um vereador queira se apropriar da autoria desta proposta”, afirmou.
O petista disse acreditar na aprovação da emenda que altera o regimento interno da Câmara e que o próximo passo é votar a alteração da Lei Orgânica do Município.
Professor Galdino, por sua vez, disse que está lutando pela legalidade da proposta e não pela autoria da mesma. “No dia 07 de agosto eu recolhi 13 assinaturas pedindo a alteração da Lei Orgânica solicitando o fim do voto secreto. Ele (Pedro Paulo) não quis assinar a minha proposta e quando viu que projeto era bom, no final do mesmo dia, apresentou uma proposta pedindo a alteração do regimento interno da Casa, o que é ilegal”.
Galdino afirma que primeiro é preciso alterar a lei orgânica e somente depois disso é que se pode modificar o regimento interno da Câmara dos Vereadores. “Eu pedi o adiamento da votação da proposta de Pedro Paulo para que a nossa proposta seja votada”, finaliza.