Vereadores aprovam doação de bens

O feitiço do vereador de Almirante Tamandaré Luiz Piva (PT) virou contra o feiticeiro. Para tentar impedir a aprovação de uma projeto da prefeitura da cidade que doaria um estádio de futebol, dois cemitérios, dois terminais de ônibus e três ginásios de esportes ao Instituto de Previdência do município para quitar uma dívida, ele convocou a população para comparecer à votação final, ontem na Câmara de Vereadores. Todavia, a pequena casa legislativa de Tamandaré ficou tomada por funcionários públicos, que eram favoráveis à aprovação da doação. O discurso de Piva, que pedia uma melhor análise da situação por técnicos, foi vaiado. A Câmara aprovou o projeto por nove votos contra três.

Durante a sessão houve um princípio de tumulto. O secretário de Comunicação Social de Almirante Tamandaré, José Luiz Tavares, registrou queixa de agressão contra Dirceu Pavani (PPS). Pavani foi candidato à prefeitura na última eleição, e sua esposa, a vereadora Deti Pavani (PPS), é uma das líderes da bancada de oposição.

Solução

O procurador-geral do município, Osvaldo Trevisan, defendeu a proposta, que caracterizou como a solução para o pagamento da dívida de quase R$8 milhões da cidade. Ele disse que a população não saíra prejudicada, já que o Instituto de Previdência não é particular e sim uma autarquia do município. “A administração do aluguel dos bens ou da taxa nos cemitérios terá que ter a participação de pessoas ligadas à prefeitura. Assim nada muda e a população terá seus direitos assegurados”, salientou.

O vereador Piva ainda viu uma luz no fim do túnel. El prometeu anular a decisão da Câmara ingressando na esfera judicial.

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