Tucanos do Paraná não pensam deixar comando

Apesar do anúncio do afastamento do prefeito de São Paulo, José Serra, das atividades da presidência do diretório nacional do PSDB, o tucanato estadual não cogitou, até o momento, uma solução semelhante em relação ao prefeito de Curitiba, Beto Richa, que é também o presidente do diretório regional. Há uma reunião do diretório regional convocada para a segunda quinzena de fevereiro, com uma agenda que prevê apenas a programação das atividades partidárias para o ano.

Antes disso, o diretório está empenhado na produção das inserções que irão ao ar no período de 28 de janeiro a 18 de fevereiro, no horário gratuíto do Tribunal Regional Eleitoral. O partido terá à sua disposição quarenta minutos divididos em peças de duração diversa, regionalizadas e gravadas com deputados estaduais e federais, prefeitos dos municipios pólo, o senador Alvaro Dias e o próprio Beto Richa que, como dirigente do PSDB estadual, deverá ocupar a maior fatia desse horário.

Logo após a eleição, em novembro do ano passado, Beto Richa disse que o estatuto partidário não tinha qualquer determinação a respeito do assunto, e que ele aguardaria até fevereiro antes de decidir se permanece no comando do diretório ou se afasta.

De qualquer modo, no caso de ele vir a decidir pelo afastamento, deverá ser via licença, nos mesmos moldes adotados pelo diretório nacional, onde o atual prefeito de São Paulo, José Serra, será substituído pelo vice-presidente, senador Eduardo Azeredo (MG), sem necessidade de uma convenção extraordinária para reformar a composição da executiva. Isso só ocorreria no caso de renúncia que, ao que tudo indica, não passa pelos planos de Beto Richa e seu grupo. Num eventual pedido de licença do titular, assume o vice-presidente estadual da legenda, deputado Hermas Brandão, até o final do mandato, em outubro. A solução do diretório nacional contraria os interesses do grupo comandado pelo senador Alvaro Dias, que preferia uma saída mais radical, abrindo a possibilidade de nova eleição partidária. O comando do diretório é muito cobiçado neste momento, pois a partir do segundo semestre já devem ter início as negociações visando futuras alianças e definições de candidaturas para 2006.

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