O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) deu mais uma chance para os candidatos que disputaram o primeiro turno das eleições municipais prestarem suas contas.
Apesar de o prazo para a apresentação dos comprovantes de gastos e arrecadação ter encerrado às 19h de ontem, o TRE-PR irá notificar os atrasados comunicando que estes terão mais 72 horas para regularizar a situação.
Mesmo depois de encerrado o prazo, na noite de ontem, muitos candidatos e coordenadores de campanha não sabiam se seus comitês financeiros haviam entregue a prestação de contas a tempo.
“Ainda não tenho essa informação, estou aguardando, mas acredito que tenha dado tempo, sim”, comentou o coordenador da campanha de Carlos Moreira (PMDB) à prefeitura de Curitiba, Raska Rodrigues, que não sabia os números contidos na prestação de contas do candidato.
Dos candidatos à prefeitura de Curitiba, Ricardo Gomyde (PCdoB) e Bruno Meirinho (PSOL) gastaram mais do que arrecadaram e terão até o dia 31 de dezembro para quitar as contas. Gomyde gastou R$ 30 mil a mais que os R$ 38.488,00 arrecadados. Bruno Meirinho só deve R$ 500,00. Ele arrecadou R$ 23 mil.
Já na conta do Partido Verde sobraram R$ 15,51, que foram depositados na fundação da legenda. A campanha de Maurício Furtado arrecadou, ao todo, R$ 126 mil.
A assessoria de Fábio Camargo (PTB) não divulgou os números oficiais, mas diz que o candidato gastou perto de R$ 100 mil, sem deixar débitos. Fábio foi o candidato que apresentou a maior previsão de arrecadação, R$ 14 milhões, no início da campanha.
Segunda colocada na disputa municipal, Gleisi Hoffmann (PT) contabilizou uma receita de R$ 6,471 milhões e gastos de R$ 6,416. Porém, o saldo real da campanha deve ficar em torno de R$ 6 mil.
Conforme explicou o advogado da campanha, Guilherme Gonçalves, ainda existem contas a vencer e alguns cheques foram clonados durante a campanha e ainda não foram estornados pelo banco, o que explicaria o valor maior do saldo no momento.
A campanha do prefeito Beto Richa (PSDB) também superou os R$ 6 milhões. No total, o tucano gastou R$ 6,895 milhões para se reeleger. Foram arrecadados R$ 6,903 milhões. Os oito mil reais restantes foram depositados no fundo do PSDB.
Entre as receitas do tucano, o maior volume veio de pessoas jurídicas, com R$ 4.505.361,23, ainda não foram divulgados os nomes dos doadores. Os recursos de pessoas físicas foram R$ 777.494,00, enquanto R$ 1,5 mil vieram de recursos próprios. Também entraram R$ 406.898,23 de outros comitês. A campanha de Beto Richa arrecadou, ainda, R$ 1.072.530,00, em eventos.
As principais despesas da campanha foram com publicidade R$ 1,5 milhão. Beto Richa gastou, ainda R$ 1,2 milhão com a produção dos programas de rádio e televisão e R$ 686 mil com pessoal. O PSDB despendeu, ainda R$ 584 mil em combustível e R$ 65 mil em multas aplicadas pela Justiça Eleitoral.