Traiano diz que aliança com PMDB é coisa de “doido”

O líder do PSDB na Assembléia Legislativa, Ademar Traiano, vai reunir os deputados estaduais na próxima semana para avaliar os rumos do partido na sucessão estadual. A preocupação central de Traiano é com o andamento das conversas sobre a aliança entre tucanos e peemedebistas para a eleição ao governo. Traiano disse que a maioria dos nove deputados estaduais do partido não quer nem ouvir falar nessa composição.

"Seríamos doidos se aceitássemos uma aliança dessas, que é só para quem não faz contas", disse o líder da bancada. Traiano justifica que, sem um candidato próprio ao governo, o PSDB corre o risco de ver reduzidas as suas bancadas estadual e federal na próxima legislatura. "Nós precisamos de uma candidatura ao governo para dar sustentabilidade à nossa chapa", comentou.

E no caso de uma aliança proporcional – chapas únicas de candidatos à Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa – o prejuízo será ainda maior, disse Traiano. O líder tucano observa que a chapa de candidatos a deputado estadual do PMDB é uma das mais fortes eleitoralmente e, que se houver uma coligação proporcional, a chapa tucana ficará mais em desvantagem ainda. "Se isso acontecer, essa aliança irá inviabilizar a volta da maioria dos nossos deputados à Assembléia Legislativa porque a chapa do PMDB tem, além dos atuais deputados, secretários de Estado e diretores de autarquias", afirmou Traiano.

O líder da bancada afirmou que, independente das negociações que vêm sendo feitas entre algumas lideranças tucanas e o PMDB, há uma ala expressiva do partido que mantém a posição de fazer aliança com o PFL e o PDT, podendo incluir o PP. "Nós continuamos acreditando que nosso caminho é com os partidos que fazem oposição ao governo do Estado. Não estou desautorizando ninguém a conversar com o PMDB, mas acho que não há a menor possibilidade desse acordo sair", afirmou Traiano.

O líder da bancada e o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, são os dois únicos tucanos declaradamente de oposição a Requião, na Assembléia Legislativa. Os demais deputados costumam votar com o governo e o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, é o nome cotado para ser candidato a vice-governador na chapa de Requião. 

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