A Câmara Municipal de Curitiba também retomou ontem à tarde os seus trabalhos em sessão solene que contou com a presença do prefeito Cássio Taniguchi (PFL), que entregou aos vereadores um relatório com um balanço das ações administrativas em 2003. Na tribuna da Casa o prefeito relatou os principais programas desenvolvidos nos últimos anos ou em andamento. O Programa de Transporte Urbano de Curitiba, que terá recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi um dos destaques de seu discurso. Cassio explicou que o programa vai além do Eixo Metropolitano de Transporte, que propõe transformar o trecho da antiga BR-116 em uma grande avenida.
Criação de binários, duplicação e asfaltamento de vias, reurbanização de avenidas como a Salgado Filho e Anita Garibaldi estão previstas, além de ampliação de terminais de ônibus e implantação de ciclovias. “Toda a região de abrangência do Programa de Transporte Urbano de Curitiba vai reunir diversos componentes de controle do trânsito, informação de acidentes e atendimento aos usuários”, assegurou o prefeito.
Taniguchi também tratou da adaptação do Plano Diretor criado em 1966 ao Estatuto da Cidade. O projeto com as alterações previstas em Lei Federal deverá ser encaminhado à apreciação dos vereadores nos próximos dias. No ano passado a Prefeitura realizou audiências públicas em todas as regionais para recolher sugestões da comunidade que ajudassem na elaboração do documento final a ser enviado à Câmara.
Ação social
Nas ações referentes à área educacional, o prefeito falou da criação de mais de 10 mil vagas no ensino fundamental – sendo 4,1 mil vagas em creches – e ressaltou a importância da descentralização de recursos, implantada em 1997. Até agora R$ 44,4 milhões foram repassados às escolas para a manutenção das instalações e compra de material didático e pedagógico.
O prefeito também chamou a atenção dos vereadores para as ações implementadas com o objetivo de atender as populações carentes da capital: “Os investimentos em infra-estrutura de Curitiba ocorrem simultaneamente ao fortalecimento da rede social de atendimento, com ações não-paternalistas em favor da emancipação do habitante, principalmente daquele que vive em situação de risco”, afirmou. Cassio explicou que o trabalho começa com investimento no fortalecimento da família, seguida de políticas sociais integradas, não restritas a ações emergenciais.