Substitutos técnicos devem ocupar lugar de 13 ministros

Com o anúncio da saída de Tarso de Genro do Ministério da Justiça, para disputar o governo do Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará início à substituição dos ministros candidatos (além de Tarso, 12 no total devem deixar o cargo), como fez no fim de seu primeiro governo. Todos os cargos serão ocupados pelos secretários executivos ou chefes de gabinete. Dessa forma, Lula concluirá seu governo com um corpo de ministros mais técnico do que político.

De acordo com informação de um auxiliar do presidente, assim que todos os ministros que pretendem disputar a eleição se desincompatibilizarem, ele chamará os substitutos para uma reunião. No encontro, dará as boas-vindas e dirá a todos que só devem obediência a ele e não aos ministros que saíram.

Com isso, buscará neutralizar pelo menos duas ações que podem atrapalhar o fim do governo: o ex-ministro continuar mandando na pasta ou utilizar o ministério para fazer política regional e tirar proveito disso na disputa com os adversários, informou o auxiliar. Lula buscará também não atrapalhar a formação da aliança de partidos que vai apoiar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Além da ministra e de Tarso, outros 11 ministros já disseram que vão deixar o governo: Hélio Costa (Comunicações), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional), Edison Lobão (Minas e Energia), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Carlos Minc (Meio Ambiente), Reinhold Stephanes (Agricultura), Edson Santos (Igualdade Racial), Alfredo Nascimento (Transportes), José Pimentel (Previdência), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Altemir Gregolin (Pesca). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.