Pressão da oposição

Senado antecipa comissão do impeachment; oposição já indicou nomes

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMD-B­AL), decidiu remarcar a data em que a composição da Comissão Especial do Impeachment será votada no Senado. Antes agendada para a próxima terça­feira, 26, a votação acontecerá um dia antes. O
entendimento veio após uma cobrança do presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). A decisão pode adiantar em uma semana a votação do afastamento da presidente.

Diferentemente de outros membros da oposição, que tentaram um combate direto com Renan Calheiros, Aécio se colocou de forma mais moderada, disse que acatava as decisões do presidente do Senado, mas pediu que houvesse deliberações relacionadas ao impeachment de segunda à sexta, independetemente da sessão ser ou não ordinária.

A votação em plenário, que elege a comissão, aconteceria apenas na terça­feira, quando acontecesse a próxima sessão ordinária. Com o pedido de Aécio, a votação foi antecipada para a próxima segunda­feira, 25.

Apesar da alteração de data ser apenas de um dia, ela pode adiantar em quase uma semana a votação em plenário da instauração do processo de impeachment, que pode afastar a presidente.

Com a votação na próxima segunda, a comissão deve se reunir até quarta-­feira para definir os nomes para presidência e relatoria. A partir daí, o relator terá até dez dias úteis para apresentar e votar seu parecer na comissão. Respeitando esse prazo, a votação que há poucas horas estava prevista para 17/05 pode acontecer entre 10 e 11 de maio.

Oposição já indicou nomes

O líder do DEM, José Agripino (RN), formalizou em plenário a indicação do bloco de oposição. Os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) serão os titulares e os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Paulo Bauer (PSDB-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) serão os suplentes.

As vagas na comissão ficaram definidas da seguinte forma pelos blocos partidários no Senado:

Fonte: Agência Senado

O que vem depois

Se a comissão for instalada no dia 26, terá a partir desta data 48 horas para eleger seu presidente e relator. Depois disso, terá 10 dias úteis para apresentar parecer sobre se o processo de impeachment deve ou não ser admitido no Senado.

Assim que o parecer for apresentado, o plenário do Senado vota. São necessários os votos de 41 dos 81 senadores para a abertura do processo.

Se o processo for aceito, a presidente Dilma será afastada temporariamente de suas funções e o vice, Michel Temer assume a Presidência. Aí inicia fase em que o Senado vai julgar se as denúncias contra Dilma justificam o seu impedimento do cargo.

Se a maioria dos senadores considerá-la culpada, A presidente Dilma será cassada e fica inelegível por oito anos. Caso seja absolvida poe retomar o cargo.

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