Secretário explica compra de televisores

Em mais uma etapa da disputa política entre a oposição e o governo do Estado, o secretário de Estado da Educação, Maurício Requião, defendeu a compra dos aparelhos de TV adquiridos pelo governo do Estado para atender as 22 mil salas de aula da rede pública de ensino.

Nas últimas semanas, a oposição acusou o governo de ter superfaturado a compra dos televisores para atender um aliado de campanha, a Cequipel, empresa que fez a maior doação de campanha a Requião.

Segundo Maurício, o equipamento, que será fabricado pela empresa CCE, tem características específicas, como entradas USB, para conexão de ?pen drive? e de cartão de memória. ?O aparelho permite a transmissão de arquivos copiados de TV aberta e a cabo, DVD, computador e internet?, disse.

Para provar que não existe equipamento semelhante no mercado, o diretor-geral da Secretaria, Ricardo Bezerra, foi a sete lojas do centro da cidade junto com uma equipe da TV Paraná Educativa. A reportagem não encontrou TV disponível com as mesmas características e com preço abaixo de R$ 860 – valor a ser, pago por unidade, à empresa que ganhou a licitação.

Na reunião, o governador Roberto Requião (PMDB) repetiu a denúncia envolvendo um suposto pagamento irregular feito pelo DER no final do governo Lerner à DM Construção Civil, na época pertencente ao empresário Darci Fantin, e que teria sido repassado para cobrir custos da campanha ao governo do Estado do prefeito Beto Richa, em 2002. Requião questionou o motivo que levou o diretor-financeiro do DER, que na época era o irmão de Beto, José Richa Filho, a autorizar o pagamento de R$ 10 milhões a Fantin.

Segundo o governador, o empresário tentou executar o pagamento judicialmente. Requião disse que se Fantin quisesse ter o direito reconhecido pela Justiça deveria seguir a fila dos precatórios, mas não houve decisão judicial, e o pagamento foi autorizado administrativamente. O pagamento, afirma o governador, seria referente a encargos financeiros da obra da rodovia Curitiba-Garuva, que já teria sido paga em seu primeiro mandato.

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