Scalco compara o governo Lula a Collor

Ex-secretário geral da presidência da República no governo tucano e coordenador das campanhas do primeiro e segundo mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-deputado Euclides Scalco atacou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), comparando-o à administração do ex-presidente cassado Fernando Collor de Mello e fazendo referência ao desfecho da crise no governo de Getúlio Vargas. Scalco participou ontem do encontro do PDT, realizado em Curitiba, onde defendeu o apoio do PSDB ao senador Osmar Dias, pré-candidato ao governo em 2006.

Um dos fundadores do PSDB nacional, Scalco disse que a população brasileira está assistindo há mais de cem dias o que chamou de um ?espetáculo deprimente? da vida política nacional. ?Depois do Collor, acreditávamos que os homens públicos aprendessem a lição de que exercer um mandato eletivo deve ser o compromisso de cumprir o que foi apregoado nas campanhas passadas. Passados menos de vinte anos, estamos de braços com problemas tão ou mais graves que aqueles do governo Collor?, disse Scalco, durante o discurso no encontro do PDT.

O tucano afirmou que a crise política brasileira repercute na opinião pública internacional. Para Scalco, o que choca na crise atual é o fato de o presidente Lula ser de um partido que sempre defendeu a ética e a dignidade na política. ?E nada disso aconteceu. O que estamos vendo é um lamaçal de podridão que encharca o País?, atacou.

Scalco mencionou o comportamento do ex-presidente Getúlio Vargas, diante da crise que atingiu seu governo. ?Getúlio Vargas preferiu se matar percebendo o que ocorria nos porões do Palácio do Catete porque se envergonhava com o que passava perto dele. O que este País está precisando é de dignidade e respeito ao povo?, declarou.

Retribuição

O senador Osmar Dias defendeu um acordo entre PSDB e PFL na disputa para o governo estadual e também o apoio de seu partido à candidatura do PSDB à presidência da República. Osmar declarou que votou em José Serra na eleição de 2002 e que acha que o País deve ser novamente governado por um tucano.

Durante o encontro, foram realizadas novas filiações ao PDT. Entre elas a do deputado estadual Luiz Carlos Martins, que há meses havia se desligado do PSL.

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