O presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, disse que o horário eleitoral gratuito nas emissoras de rádio e televisão será um fato decisivo e novo na campanha do candidato da Coligação Novo Paraná, Beto Richa (PSDB).
Por meio dos programas do horário eleitoral, que começa no dia 17, Beto irá ampliar sua presença nas cidades e vilarejos do interior do Estado. Com predomínio na preferência do eleitor em Curitiba e região metropolitana, Beto ainda tem muito caminho a percorrer no interior, disse Rossoni.
“O nosso candidato cresce dia a dia no interior. Mas será a televisão que irá nos levar mais longe”, afirmou o presidente do partido, citando que os roteiros que o candidato tem feito pelas várias regiões do Estado não têm o poder do alcance do horário eleitoral. “As caminhadas não têm a mesma repercussão da televisão.
Ontem, Beto reforçou sua campanha no Norte do Paraná. Ele foi à feira dos Cinco Conjuntos, na Zona Norte de Londrina, cidade onde seu pai, ex-governador José Richa, construiu sua carreira política.
Beto nasceu em Londrina, mas este dado nem sempre foi destacado em sua biografia. Agora, nesta campanha, no texto distribuído ontem por sua assessoria, o ex-prefeito de Curitiba já está sendo definido como “pé vermelho”, a denominação que se dá aos paranaenses das regiões Norte do Estado, onde a terra tem a coloração vermelha. A expressão ficou conhecida no governo de José Richa, devido ao seu grupo de auxiliares que era majoritariamente da região.
Diferenças
Os tucanos também começaram a tornar mais ácido o discurso em relação ao adversário, o senador Osmar Dias (PDT). Beto é mostrado como o candidato da mudança, em oposição ao senador Osmar Dias (PDT) que, até há pouco tempo, era tratado como um integrante do mesmo grupo.
Para Rossoni, o senador pedetista representa o “continuísmo” por ter, entre seus apoiadores, o atual governador Orlando Pessuti (PMDB) e o ex-governador Roberto Requião (PMDB).
“O Beto tem carisma, transmite simpatia e tranqüilidade. É esse tipo de governo que a população deseja. Não o modelo truculento do Requião. E o Osmar e o Requião são iguais em termos dessa postura”, atacou o presidente estadual do PSDB. “Não é uma crítica. É uma constatação. A gente ouve isso em todo o lugar”, emendou o presidente estadual do PMDB, que foi um dos principais negociadores da fracassada aliança entre o PSDB e o PDT para que Osmar fosse candidato ao governo na chapa tucana.
O presidente estadual em exercício do PDT, deputado Augustinho Zucchi, não quis rebater as declarações de Rossoni. “Não tenho nada a comentar sobre declarações deste ou daquele deputado”, reagiu.