Rezende cobra definição de Meirelles em Goiás

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, afirmou hoje que é “para ontem” a decisão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de se candidatar ou não ao governo de Goiás. Segundo ele, o PMDB do Estado não pode esperar uma decisão de Meirelles até o final de março. “Essa decisão ele tinha que nos dar até o final do ano passado. Estamos esperando para os próximos dias”, afirmou Rezende, ex-governador de Goiás, ao deixar o Ministério da Fazenda, onde se encontrou com o ministro Guido Mantega.

“O que queremos dele (Meirelles) é o seguinte: simplesmente uma decisão”, afirmou Rezende. Ele disse que foi dado a Meirelles um leque de opções para se candidatar pelo partido no Estado. “Se ele quiser se candidatar governador, será. Se quiser se candidatar ao Senado, será. Só que tem decidir. A demora pode nos levar a uma perda de terreno e de espaço”, alertou Rezende.

Com três anos de mandato na Prefeitura de Goiânia, Rezende aguarda uma definição do presidente do BC para se candidatar novamente ao governo de Goiás. Íris Rezende disse que pesquisas o apontam como candidato favorito do partido à sucessão estadual. Questionado se também tinha favoritismo na cidade de Anápolis, onde Meirelles nasceu, o prefeito não titubeou e disse que sim.

Para Rezende o que está faltando para Meirelles decidir são “pequenos ajustes”. Ele contou que quando acertou com Meirelles a sua filiação ao PMDB ele disse ao presidente do BC: “estamos abrindo um leque para você, o que não fazemos com ninguém, porque você é maduro, equilibrado e não é sensacionalista”.

O prefeito disse que não tem acompanhado muito as questões nacionais do partido, mas disse que a candidatura do presidente do PMDB, Michel Temer, à vice na chapa da provável candidata do PT Dilma Rousseff para a Presidência da República, é a tendência natural. “O nome natural é do Michel, sem dúvida”.

Embora responda por Goiânia, Íris Rezende esteve com Mantega para pedir agilidade na ampliação do Porto Seco de Anápolis. Rezende disse que foi “o pai” do Porto Seco e por isso está defendendo a ampliação.