Reverendo Jesse Jackson manifesta apoio a Roque

O ex-candidato a presidente dos EUA pelo Partido Democrata e reverendo da Igreja Batista, Jesse Jackson, esteve ontem em Curitiba reforçando a campanha do candidato do PT ao governo, o deputado federal Padre Roque. Jackson, que anteontem esteve com a governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT), e hoje participa da campanha do deputado federal José Genoíno (PT) ao governo de São Paulo, disse que a vitória de Luis Inacio Lula da Silva na eleição presidencial pode dar um novo rumo para a América Latina.

“Há um novo amanhecer no Brasil com estas eleições. Temos grandes lideranças políticas de valor moral neste País”, disse Jackson, referindo-se a Lula.

Para o reverendo, o brasileiro não precisa temer as ameaças de instabilidade do mercado financeiro diante de uma possível vitória de Lula. Jackson lembrou que a eleição de Nelson Mandela na África do Sul provocou a mesma reação entre os investidores, mas que nenhuma destas ameaças se cumpriu. “Os EUA e o mercado têm que respeitar a autonomia dos povos”, avaliou.

O candidato do PT ao governo e o reverendo americano fizeram uma caminhada pela Rua XV de Novembro, no final da manhã, e à tarde reuniram-se com lideranças da comunidade negra na Associação de Negritude para a Cultura e Ação Popular. Jackson comparou o candidato petista ao ex-presidente americano John Kennedy pelo seu envolvimento em ações de defesa dos direitos humanos, das mulheres e na preservação do meio ambiente.

Jackson apelou a uma união entre protestantes e católicos para reduzir as desigualdades sociais do Brasil. “A religião deve nos levar a uma posição de reconciliação, tendo como base os valores morais”, afirmou. O candidato do PT ao governo, Padre Roque, agradeceu a vinda do reverendo ao Brasil num momento que classificou como “precioso” da política brasileira.

O reverendo, que já esteve várias outras vezes no Brasil, sempre a convite do Partido dos Trabalhadores, disse ter ficado impressionado com a participação da população na campanha eleitoral, que se desenrola sobretudo nas ruas. Segundo ele, nos Estados Unidos, as campanhas eleitorais dos candidatos não envolvem tanto os cidadãos e se limitam praticamente à propaganda de TV.

Voltar ao topo