Requião comemora êxito em Caracas

A missão governamental e empresarial do Paraná liderada pelo governador Roberto Requião na semana passada fechou negócios de US$ 115 milhões com empresários venezuelanos, acumulando em cinco dias uma soma próxima ao total de exportações paranaenses àquele país no ano de 2004, que foi de US$ 121 milhões. O volume, que já havia sido divulgado pelo Palácio Iguaçu, foi comemorado pelo governador, durante a reunião semanal do governo do Estado, no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

Requião relatou o seu encontro com o presidente Hugo Chávez e as negociações que resultaram em um equilíbrio quase absoluto de compra e venda de produtos. "Os negócios fechados vão possibilitar uma redução tributária nas exportações e importações com a Venezuela, o que nos dará condições de competir com os Estados Unidos, que ainda é o maior parceiro de negócios dos venezuelanos", declarou o vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Ardisson Naim Akel.

No decorrer da missão, foi estabelecido um regime especial entre os portos de Paranaguá, no Paraná, e Puerto de Cabello, na Venezuela. O superintendente do porto paranaense, Eduardo Requião, informou que Paranaguá passará a ter um regime preferencial de atracagem de navios vindos da Venezuela. Desta forma, o Paraná poderá comprar toda a uréia produzida pelos venezuelanos e eles, por sua vez, irão importar dos paranaenses soja não transgênica. "Vamos procurar criar rotas diversificadas e diminuir custos, trabalhando para que todas as mercadorias que saem em direção à Venezuela sejam concentradas em Paranaguá", afirmou.

Também foram estabelecidos 27 acordos de cooperação técnica que visam a oferta de políticas públicas paranaenses. Serão realizadas ações nas áreas de saneamento, habitação, agronegócio, educação, cooperativismo, tecnologia e meio ambiente. "Foi a maior missão paranaense enviada à Venezuela. Obtivemos sucesso absoluto, pois o presidente Chávez demonstrou muita boa vontade em negociar com o governo brasileiro", comentou Requião.

Em março do próximo ano, será a vez de o Paraná servir de anfitrião a uma comitiva vinda da Venezuela. A expectativa é de que a mesma seja comandada por Hugo Chávez e abra ainda mais oportunidades de negócios. Atualmente, o Paraná exporta à Venezuela principalmente frango, automóveis, tratores e óleo de soja. As importações são constituídas de uréia, produtos químicos e transformadores elétricos.

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