Requião ainda não definiu quem será o substituto de Ary Queiroz

O governador Roberto Requião (PMDB) ainda não definiu o substituto de Ary Queiroz na presidência do Conselho de Administração da Copel. Queiroz pediu demissão na reunião do conselho realizada na segunda-feira, dia 26. O afastamento foi formalizado na quarta-feira, dia 27, por meio de comunicado de fato relevante publicado pela empresa, que confirmou a decisão do conselho de aprovar o desconto de 25,27% para os consumidores adimplentes – no mesmo valor do reajuste concedido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Requião afirmou que irá ouvir a opinião de Queiroz para escolher o novo presidente do conselho. O governador anunciou que, a partir de agora, Queiroz será seu conselheiro pessoal para assuntos da Copel.

O ex-presidente revelou que estava insatisfeito com algumas posturas da diretoria da empresa. Como, por exemplo, a decisão da direção da empresa de aplicar um aumento de 15,7% em três parcelas sobre as tarifas de energia sem que houvesse consulta ao conselho. Queiroz disse que telefonou ao governador Roberto Requião na semana passada para comunicar seu afastamento, em caráter irrevogável. Ele disse que ficou sabendo do reajuste pelas notícias publicadas em jornais. Queiroz lembrou que, como o governador desautorizou imediatamente o aumento, este nem chegou oficialmente ao conhecimento do conselho. Requião estava nos EUA junto com o presidente da Copel, Paulo Pimentel, quando o reajuste foi anunciado.

Queiroz citou que, na condição de presidente do conselho, tem responsabilidade legal sobre os atos praticados pela empresa e que não poderia ser “atropelado” por decisões da diretoria. O ex-presidente do conselho informou que seu estado de saúde – ele sofreu um enfarte, há cerca de um ano – influenciou sua decisão de deixar o cargo. Ele disse que fatos como o da aprovação do aumento poderiam comprometer sua saúde.

Requião disse que somente aceitou o pedido de Queiroz porque ele está doente. O governador comentou ainda que os conselhos de Administração, cuja função é fiscalizar as ações da empresa, não são bem vistos pelas diretorias. “O mesmo deve estar acontecendo neste momento na Sanepar”, observou.

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