Seis dos oito candidatos à Prefeitura de Curitiba participaram anteontem à noite do primeiro debate promovido da Rádio e TV Educativa nesta campanha eleitoral. Sem a presença do prefeito Beto Richa (PSDB), candidato à reeleição, e do candidato “nanico” Lauro Rodrigues (PT do B), os demais candidatos concentraram as críticas na atual administração e apresentaram suas propostas para se contrapor ao atual prefeito. A emissora já anunciou um novo debate para o dia 12 de setembro, entre os candidatos a vice-prefeito.
Os candidatos do PV, Maurício Furtado, do PT, Gleisi Hoffmann, do PMDB, Carlos Augusto Moreira Junior, fizeram os ataques mais contundentes ao prefeito tucano. Moreira ressaltou o que considera excesso de gastos em propaganda feitos por Beto.
Gleisi atacou a insuficiência de investimentos nos serviços públicos e áreas essenciais, como saúde e habitação. Furtado dissertou sobre sua preocupação com o meio ambiente e citou que, apesar de ter a marca de “cidade ecológica” a cidade “tem ratos de um quilo e meio invadindo as casas”.
Furtado, que insistiu em se apresentar como candidato de oposição à atual administração, provocou o candidato do PCdoB, Ricardo Gomyde, que fez uma linha de discurso mais amena em relação à Prefeitura.
Ex-presidente da Paraná Esportes, Gomyde reagiu dizendo que sua candidatura é “independente” e direcionou suas intervenções para a apresentação de propostas na área de esporte e lazer.
O candidato do PTB, Fábio Camargo, também criticou a atuação da Prefeitura na área de saúde. Disse que Curitiba é uma cidade em que gestantes que procuram atendimento na rede pública somente recebem um retorno “depois que a criança nasceu”.
Bruno Meirinho do PSOL classificou Curitiba como uma cidade de “catracas”, com vários obstáculos ao acesso de serviços para toda a população. E, a exemplo dos demais, também atacou o que chamou de “isolamento” da capital em relação às demais cidades da região metropolitana.