Expoente da ala que defende o apoio do PMDB à candidatura presidencial do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia divulgou ontem, 11, uma carta de apoio à pré-candidatura do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB).
No texto publicado no site do diretório estadual do PMDB de São Paulo e que foi enviado ao governador do Paraná quando apresentou seu projeto à direção nacional, em Brasília, Quércia disse que Requião poderá contar com ele se o governador do Paraná conseguir ser aprovado na convenção.
“Sempre fui claro que se houver uma candidatura para somar o PMDB, como é a sua, meu caro amigo, nosso apoio será inarredável. Desejo que, com a ajuda de Deus, você consiga despertar o PMDB, de tantas tradições libertárias, do sono letárgico imposto pelas atuais lideranças partidárias”, afirma o ex-governador paulista na carta.
Quércia deve ser reeleito na presidência do diretório estadual em São Paulo, na convenção marcada para hoje, 12, mantendo seu domínio sobre o partido no maior colégio eleitoral do país. Requião confirmou participação na convenção do PMDB paulista.
Se…
Quércia garantiu que acompanha o partido se escolher Requião como seu candidato a presidente. Mas “Meu caro Requião levante a bandeira e vá em frente. Na convenção do partido, junto com o meu voto, você terá o apoio do PMDB de São Paulo. Com a consagração do seu nome procurarei o Serra, o Aécio e o Kassab para dizer que, como sempre, ficarei com o PMDB”, assegurou.
Mas no blog do diretório estadual do PMDB, o ex-governador paulista admite que é remota a possibilidade de Requião vencer uma convenção nacional do PMDB para ser indicado candidato.
“Mas eu sempre disse que se o PMDB tiver candidato, eu vou apoiar o PMDB. Eu acho muito difícil que isso venha a acontecer, a despeito da liderança importante de Requião, é difícil. Mas na convenção do partido, eu vou apoiar o Requião se ele for o candidato até lá”, declarou ao blog.
O PMDB está dividido em três blocos. O grupo que defende a coligação com o PT é liderado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, que negocia o apoio à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, indicando o candidato a vice-presidente. Quércia comanda a ala que pretende se aliar ao PSDB. Requião e o senador gaúcho Pedro Simon trabalham pela candidatura própria do partido.