PT e PMDB discutem aliança no Paraná

O PMDB do Paraná realiza uma convenção extraordinária no dia 6 de dezembro para decidir sobre a posição que o diretório estadual irá adotar na convenção nacional que decidirá sobre o afastamento da base de apoio do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcada para 12 de dezembro. Seis dias depois, em 18 de dezembro, será a vez de o diretório estadual do PT se reunir em Curitiba, onde irá discutir sua participação na base de sustentação do governador Roberto Requião (PMDB).

O presidente estadual do PT, deputado estadual André Vargas, disse que a reunião seria no dia 12, mas foi adiada a pedido do presidente nacional do PT, José Genoino, que recomendou esperar pela decisão da convenção do PMDB.

O presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, disse que a tendência no partido no Paraná é favorável ao rompimento com o governo. Dobrandino afirmou que a posição do partido acirra os ânimos com a ala do PT que vem se desentendendo com o Palácio Iguaçu e prega apoio crítico a Requião, a mesma linha defendida pelo governador em relação ao governo federal.

Respostas

O clima entre o grupo de deputados petistas – André Vargas, Padre Paulo Campos e Tadeu Veneri – e o Palácio Iguaçu está cada vez mais beligerante. Ontem, Vargas fez discurso respondendo a um artigo do assessor especial do governador, Benedito Pires, em que foi acusado de comportamento fisiológico. "Não vou renunciar ao meu mandato para fazer parte da base de apoio do governo", afirmou o deputado, acrescentando que as acusações são levianas e que foram uma represália aos questionamentos que tem feito sobre ações do governo do Estado.

Veneri também subiu à tribuna, mas preferiu comentar as declarações que o governador fez na sexta-feira passada, quando demonstrou curiosidade em saber como os petistas prestam contas do uso que fazem das verbas de ressarcimento pagas aos deputados estaduais (EC).

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