PPS fechará questão contra Maurício Requião no Tribunal de Contas

O PPS convocou a executiva e a bancada estadual do partido para reunião na próxima segunda-feira, dia 7, para discutir a indicação do irmão do governador, Maurício Requião, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas.

A votação do plenário da Assembléia está marcada para a próxima semana, e o PPS pretende chegar a ela unido e marcar posição contra o que considera o coroamento de todos os descalabros cometidos pelo governador desde que tomou posse.

?Devemos fechar questão em torno de posições que defendemos por toda nossa vida política?, afirma o presidente do PPS do Paraná, Rubens Bueno, ao explicar que não se trata de um posicionamento de ocasião.

Rubens Bueno disse que quando deputado estadual e federal, apresentou projetos em defesa da ética e da transparência na vida pública.

No caso de conselheiro do TC, ele defende que tenha mandato com tempo determinado, e nunca tenha parentesco em até terceiro grau com ocupantes de cargos no Executivo ou nos três níveis parlamentares.

 O secretário-geral do partido, Rubico Camargo, que fez a convocação da comissão executiva, lembra que o artigo da Lei Orgânica do TC que está sendo argüido no STF está em vigor à espera de julgamento; e foi criado justamente para tornar o Tribunal de Contas menos dependente do governo estadual. ?É preciso acabar com essas indicações que passam por cima de absolutamente todos os princípios éticos, morais, de mínimo respeito à cidadania.?

No caso do nepotismo, questão em que, segundo o PPS, o atual governo estadual bateu todos os recordes, o partido defende que não possa ser contratado, nem indicado portanto, parente em até terceiro grau do detentor de cargo político.

?No caso do irmão do governador e a vaga do TC, somam-se dois agravantes o nepotismo e a impossibilidade de trabalhar, no mínimo, por seis anos, de acordo com a Lei Orgânica do próprio TC e se o governador não for eleito para o Senado quando deixar o governo?, disse o dirigente.

?A questão não é de simples nepotismo, mas de garantir proteção judiciária diante de tantas denúncias de malversação de verbas contra o irmão do governador e atual secretário da Educação?, lembra Rubens.

O PPS também apóia a ação popular que o escritório do advogado Luiz Fernando Pereira entrou na Justiça para anular o edital para escolha do novo conselheiro. Isso poderia levar a votação para depois do recesso parlamentar. 

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