Policiais protestam na Assembléia

Inquietos por conta da demora do governo em propor um reajuste salarial para a categoria, que diz estar sem correção há onze anos, policiais civis provocaram a interrupção da sessão de ontem da Assembléia Legislativa, por causa de um incidente com o presidente da Mesa Executiva, deputado Hermas Brandão (PSDB). Durante a manifestação nas galerias em que reclamavam uma resposta do governo, os policiais foram advertidos pelo presidente para que silenciassem. Em resposta, alguém do grupo gritou para que o deputado se calasse e o presidente deu por encerrados os trabalhos. Brandão disse que a manifestação é livre, mas que não admite desrespeito.

Aos brados de "mensagem", os policiais queriam a retomada da sessão, mas o deputado Barbosa Neto (PDT), que atuava como mediador do conflito, não conseguiu convencer o deputado tucano a "perdoar" os policiais. "Nós não temos nenhuma mensagem do governo propondo aumento. Não há nada na Casa", insistiu Brandão.

O líder do governo no Legislativo, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), tentou pacificar o movimento, afirmando que existe um estudo do governo e que iria buscar saber quando a proposta de reajuste será enviada para discussão e votação e quais os valores propostos. Em tramitação nas comissões técnicas existe um projeto do deputado Mário Sérgio Bradock (PMDB) a respeito da Tide – tempo integral e dedicação exclusiva – da Polícia Civil.

Apoio

O líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB) disse que sua bancada apoia a reivindicação dos policiais por melhores salários, mas condenou o excesso nas manifestações dos representantes da categoria.

Voltar ao topo