Dezenas de sindicalistas ligados ao Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) fizeram um protesto diante da casa do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), e foram dispersados pela Brigada Militar ao amanhecer desta segunda-feira, 9. O grupo se deslocou do centro para o bairro Rio Branco, onde fica a residência, e passou a gritar palavras de ordem nas quais pediu o pagamento do piso nacional do magistério como vencimento e não por complementos sobre valores básicos inferiores e uma reunião para discutir a situação da educação no Estado. Alguns manifestantes mais exaltados teriam tentado romper o cordão de isolamento formado pelos policiais, que dispararam uma bomba de efeito moral. O grupo se retirou e saiu em passeata pelas ruas dos bairros Rio Branco, Bom Fim e Centro. O Cpers lidera uma greve do magistério que conseguiu a adesão de apenas 1% das escolas estaduais, segundo avaliação da Secretaria da Educação.
Tarso estava em casa na hora da manifestação, mas não recebeu os professores no local. O governador considerou “ruim” o que aconteceu porque a movimentação em zona residencial acabou perturbando os vizinhos. “Isso desgasta o próprio sindicato porque revela uma certa impotência política para fazer suas mobilizações”, criticou. O governador sugeriu que o Cpers “não faça mais isso” e vá para a frente do Palácio Piratini quando tiver alguma coisa urgente para conversar. “Podem ir lá às duas (horas), três (horas) da manhã e me chamar”, afirmou. “Se tiver de ir (ao palácio) eu vou, não tem problema nenhum”. O governador já atendeu um grupo de taxistas que reclamava mais segurança no trânsito durante a madrugada.