PMDB registra hoje sua aliança com os tucanos

O presidente estadual do PMDB, deputado Dobrandino da Silva, registra hoje, dia 5, uma ata assinada em conjunto com o vice-presidente estadual do PSDB, deputado Hermas Brandão (PSDB), sacramentando a aliança entre os dois partidos na disputa para o Governo, Senado, Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados. Nesta ata, Brandão está indicando candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo governador Roberto Requião (PMDB) e o senador Alvaro Dias (PSDB) como candidato ao Senado.

Ontem, o ex-governador Paulo Pimentel comunicou à direção do PMDB que seu nome não está mais à disposição para concorrer ao Senado. O ex-governador era a opção do PMDB para a vaga se a aliança com o PSDB for anulada. Paulo disse que o PMDB não defendeu a sua candidatura, preferindo apostar numa aliança com os tucanos. "Não estou disposto a ser o plano B do PMDB", afirmou o ex-governador.

Paulo foi convidado pelo governador Roberto Requião para concorrer ao Senado. O governador acreditava que o PMDB poderia lançar um candidato próprio ao Senado, mesmo em coligação com o PSDB, cujo candidato é o senador Alvaro Dias. Mas ao longo da semana passada foram surgindo dúvidas sobre a dupla candidatura ao Senado. O cenário ficou mais confuso ainda com a indefinição sobre a validade da convenção tucana que aprovou a aliança com o PMDB. Diante da situação, o ex-governador decidiu se retirar do processo.

Pura

O presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, disse que solicitou ao ex-governador que reconsiderasse sua posição. "Eu pedi a ele um tempo para ver como é que vai ficar o desdobramento dessa história. Amanhã (hoje) vamos ver se essa coligação sai ou não. O nome do dr. Paulo precisa ser preservado", disse o dirigente peemedebista.

Na reunião da executiva estadual do PMDB, realizada na noite de segunda-feira, dia 3, os peemedebistas avaliaram as possibilidades de composição da chapa caso a aliança com os tucanos naufrague na justiça eleitoral. Há uma ala do partido que não vê danos maiores em perder o apoio do PSDB por entender que a chapa-pura mantém a coerência histórica do PMDB. Se o PMDB for de chapa-pura, o vice-governador Orlando Pessuti é apontado novamente para permanecer no cargo. Há ainda o nome do deputado federal Osmar Serraglio para a vaga.

Impugnação

A ata conjunta registrando a aliança entre o PMDB e o PSDB não foi assinada pelo presidente estadual do diretório tucano, deputado estadual Valdir Rossoni. Como vice-presidente estadual do partido, Brandão assinou junto com outros deputados estaduais que integram a executiva tucana no Paraná.

Brandão afirmou ontem que a ata será registrada legalmente, independente da resolução da direção nacional que cancelou a decisão aprovada em convenção, estabelecendo a coligação com o PMDB. O entendimento de Brandão é que qualquer recurso contra a decisão da convenção deve ser apresentado no período estabelecido pela Justiça eleitoral para a apresentação de pedidos de impugnação.

Além da ata conjunta, PMDB e PSDB também apresentam atas individuais. A dos tucanos foi protocolada ontem por Rossoni. Já o PMDB apresenta a sua hoje, indicando a mesma composição de chapa que consta da ata conjunta com os tucanos, segundo explicou a direção do partido.

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