PMDB fecha questão sobre o tarifaço

O PMDB fechou questão ontem a favor dos reajustes das taxas de serviços do Detran (Departamento de Trânsito do Paraná) e da tabela do IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotivos) para o próximo ano e, também, da implantação da cobrança progressiva no ITCMD (Imposto Sobre Transmissão Causa Mortis e Doações de Bens e Direitos). A posição foi aprovada ontem, em reunião da bancada. Dos dezesseis deputados, um votou contra (Reinhold Stephanes Junior) e dois faltaram (Mauro Moraes e Antonio Anibelli).

Mas, com a decisão de ontem, todos terão que seguir a orientação do partido. Agora, o PMDB aguarda que a bancada do PT feche questão e garanta mais seis votos. Para chegar aos vinte e oito votos necessários à aprovação dos três projetos, a liderança do governo espera contar com dissidentes do PR e do PSDB, PPS e de aliados, ainda resistentes, do PV e PMN.

Apesar de a única deputada do PV, Rosane Ferreira, ter assinado o placar da oposição contra a elevação dos impostos, o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), disse que a posição do partido terá que ser respeitada. O PV é presidido no Estado pelo secretário especial de Controle Interno, Jorge Mello Viana, que deverá fechar questão a favor dos projetos. ?O PV está no governo. Foi muito bem-acolhido e eu quero o voto dela aqui?, afirmou Romanelli.

Do PR, a liderança governista espera a adesão do deputado Carlos Simões. Do PMN, o aliado é o deputado Dr. Batista. No PSDB, costumam votar com o governo os deputados Luiz Nishimori, Luiz Accorsi, Luiz Fernandes Litro, Francisco Buhrer e Miltinho Puppio. O PSDB fechou questão, mas Puppio e Nishimori ainda não autorizaram a inclusão do nome na lista dos contra.

O líder da bancada do PSDB, Ademar Traiano, garante que Nishimori vai se alinhar ao partido. Mas admitiu que Puppio tem uma situação delicada por ser suplente. Ele assumiu a vaga no lugar do secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Nelson Garcia, um ex-tucano que está afastado do partido e pode ser chamado de volta à Assembléia Legislativa a qualquer momento se o governo precisar de votos. ?Nós ainda não temos uma definição sobre o caso do Miltinho?, desconversou Traiano.

Ontem, a bancada de oposição contabilizou vinte e quatro apoios. O deputado Edgar Bueno (PDT) ainda não assinou o compromisso de votar contra os projetos, mas autorizou a colocação do seu nome no placar da oposição.

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