PMDB adia decisão sobre o caso José Borba

A executiva estadual do PMDB adiou a decisão sobre o tratamento que será dado ao ex-deputado federal José Borba, que renunciou ao mandato na segunda-feira, dia 17, para evitar o processo de cassação no Comitê de Ética da Câmara Federal. Em reunião ontem em Curitiba, o destino de Borba foi abordado rapidamente e a discussão do tema ficou para um próximo encontro, segundo informou o presidente do diretório estadual, deputado estadual Dobrandino da Silva.

A proposta de negar a legenda para que Borba possa concorrer às eleições de 2006 não é unanimidade no partido. Embora Dobrandino afirme que a maioria da executiva é favorável a excluir o ex-deputado peemedebista da lista de candidatos, e alguns até pregam sua expulsão do partido, há outras posições no PMDB. É o caso do vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti. "Da minha parte, eu deixaria que os eleitores julgassem o Borba. Eles é que devem decidir se ele deve ou não ter um próximo mandato", afirmou.

O vice-governador afirmou que não se sente à vontade para dar um veredito contra Borba, justificando que o fato de ele ter renunciado ao mandato não significa necessariamente que seja culpado no episódio do mensalão, em que um grupo de deputados é acusado de ter recebido mesada para votar favoravelmente ao governo na Câmara. "Pode ser culpa ou não. Acho que ele deve se defender", afirmou.

Para Dobrandino, dificilmente o partido cederá a legenda para uma candidatura de Borba em 2006. Mas ao contrário do que disse anteontem, quando informou que a executiva poderia negar o partido ao ex-deputado, o presidente do PMDB corrigiu a informação e afirmou que apenas o diretório pode decidir se Borba entra na lista de candidatos do próximo ano. Conforme Dobrandino, a decisão será tomada durante a convenção partidária que homologa a lista de candidatos.

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