O enfrentamento entre tucanos e petistas se intensifica também na Assembléia Legislativa, tendo como foco as denúncias do deputado Roberto Jefferson e a CPI dos Correios. Ontem o líder do PT, deputado Tadeu Veneri, destacou na tribuna que os acusadores de hoje também têm telhado de vidro. Referiu-se às carreiras políticas do senador baiano Antônio Carlos Magalhães (PFL), acusado de grampear desafetos políticos em 2003 e de violar o painel do Senado; do deputado Roberto Jefferson, fiel escudeiro de Fernando Collor e citado na CPI do Orçamento como envolvido em esquema de propina. Lembrou as acusações de superfaturamente em compra de terreno e de desvio de R$ 30 milhões do orçamento da Saúde para investir no mercado financeiro que pesam contra o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL).
Invocou o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), acusado de abafar 55 pedidos de CPI na Assembléia Legislativa, e o ex-presidente FHC, recordista na prática. Dos 626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e 217 arquivados, entre eles o do Sivam, o da Pasta Rosa e o da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição.
O líder da oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), reagiu, principalmente em defesa do governador Geraldo Alckmin. Rossoni considerou que o petista usou um discurso frágil por não ter como responder as acusações que atingem em cheio o governo federal e o PT. E destacou que para vir fazer sua palestra, Alckmin utilizou um vôo comercial, ?e não aviões do Banco Rural, como fazem alguns petistas. Justamente do Banco Rural, envolvido em tantas denúncias de escândalos financeiros?.