Os candidatos ao governo do Estado divergiram sobre os números da pesquisa do Ibope, divulgada anteontem. O senador Alvaro Dias, candidato do PDT ao governo, que caiu de 35% para 32% na preferência do eleitorado mas mantém o primeiro lugar na sondagem, criticou os números. “Deve estar ocorrendo um grande equívoco, porque todas as pesquisas internas, nossas e até de candidatos adversários, que acabam chegando ao nosso conhecimento por meio de pessoas confiáveis, apresentam resultados completamente diferentes destes do Ibope, não só para governador, mas também para senador e para presidente. É uma pena que não tenhamos atualmente, para confronto, pesquisas de um instituto sério como o Datafolha.”
Requião
O candidato do PMDB ao governo, senador Roberto Requião, disse ontem que se forem mantidos os números das pesquisas mostrando a preferência do eleitorado para a sucessão estadual ele será o novo governador do Paraná. Na pesquisa divulgada anteontem, Requião manteve o segundo lugar, com 27%. Mas, como a margem de erro da pesquisa é de 2,8%, para mais ou para menos, há um empate técnico entre ele e Alvaro.
O senador também considerou positivo o resultado da pesquisa para o Senado, na qual o candidato do PMDB, Paulo Pimentel, tem 24% das intenções de voto. “Pimentel consolidou sua candidatura, mostrando seu passado limpo e de serviços prestados ao Paraná. Essa condição tem feito com que Paulo venha ganhando a preferência do eleitorado. E se essa tendência se confirmar nas urnas, certamente Pimentel será o primeiro colocado”, assegura.
Beto Richa
Os resultados da pesquisa eleitoral de ontem, que atribuem ao candidato do PSDB ao governo do Estado, Beto Richa, 7% das intenções de votos e o colocam na quarta posição na disputa, animaram o tucano. Ontem , ele disse ter certeza de que estará no segundo turno. “Sempre tive muita coerência política, com respeito ao eleitor e aos companheiros. Nunca comprei o apoio de ninguém, como fizeram alguns candidatos. Além disso, tenho as melhores propostas para governar o Paraná”, disse.
Beto também criticou seus adversários. “Muitos candidatos são irresponsáveis e menosprezam a inteligência da população ao dizer que darão várias coisas . Ninguém mais acredita nessa demagogia toda”, disse. O tucano disse ainda que tem apresentado as melhores propostas para o governo. “Sou responsável e tenho apresentado as melhores propostas para o futuro do nosso Estado. São idéias modernas e ousadas, longe de promessas eleitoreiras”, afirmou.
Roque
O candidato do PT ao governo, deputado federal Padre Roque, considerou o resultado da do Ibope – na qual Alvaro e Requião tiveram uma pequena queda na preferência do eleitorado – é uma tendência que será confirmada nas próximos sondagens. “Esse resultado veio confirmar a expectativa de queda dos candidatos que já tinham exposição na mídia antes do período eleitoral”, disse. “A partir de agora, através da TV, a população passará a conhecer as propostas de todos os candidatos, e a tendência é que haja uma aproximação entre nossos índices.”
Rubens
O candidato do PPS ao governo, deputado federal Rubens Bueno (PPS), não acredita que tenha apenas 1% das intenções de voto, conforme apontou a pesquisa. “Não acredito que eu esteja com 1%. Pela recepetividade da campanha, acredito que estamos crescendo”, afirmou o deputado. Rubens disse ter certeza de que vai conseguir ampliar seus percentuais nas próximas semanas. “Tenho absoluta convicção de que, nas próximas semanas, meu desempenho nas pesquisas, se elas estiverem bem-intencionadas, melhorará substancialmente”, comentou.
Gionédis
O candidato do PSC ao governo do Estado, Giovani Gionédis, ironizou os resultados da pesquisa do Ibope, que atribuíram a ele menos de 1%. “Se pesquisas definissem quem ganha eleição, os prefeitos de Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá não seriam hoje prefeitos. Em 2000 eles erraram feio, exatamente como estão errando hoje. Essa pesquisa do Ibope tem que ser exorcizada pelo Padre Roque”, ironizou.