Pedágio aceita conversar com a Assembléia Legislativa

O diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, disse estar à disposição da Assembléia Legislativa do Paraná para qualquer debate, mas não acredita que a negociação para a revisão dos contratos e a conseqüente redução das tarifas de pedágio possa ser conduzida pelos deputados.  

Em viagem a São Paulo, ele comentou, por telefone, as declarações do governador Roberto Requião, que sugeriu, terça-feira, que a revisão dos contratos possa ser discutida na Assembléia, já que as concessionárias alegam que não têm um canal de diálogo com o governo.

?Toda oportunidade que tivermos para demonstrar a leviandade das simples comparações entre os dois diferentes modelos de concessão é bem-vinda. Mas qualquer solução tem de passar pela negociação com o poder concedente, o Estado do Paraná?, disse Chiminazzo, que garantiu que, assim que convidado pelos parlamentares, irá comparecer na Assembléia.

Para explicar sua opinião de que o modelo de concessão utilizado pelo governo no início deste mês para o leilão de rodovias federais é bastante diferente do modelo anterior, que desestatizou estradas que cortam o Paraná, ele usou o exemplo mais utilizado pelos que combatem o pedágio: a comparação entre a tarifa de R$ 10,90 cobrada pela Ecovia na BR-277 (Curitiba – Paranaguá) e a tarifa de R$ 1,02 nas futuras cinco praças do trecho Curitiba – Florianópolis. ?A Ecovia administra 176 km com uma única praça de pedágio, o que faz com que apenas 23% dos usuários passem pela praça e paguem a tarifa. No novo modelo, haverá cinco praças entre Curitiba e Florianópolis, além de quantas praças de bloqueio forem necessárias para evitar fuga. Praticamente 100% dos usuários pagarão tarifa?, disse, prevendo que, com o fluxo até 8 vezes maior da BR-376, a nova concessionária tenha quase o dobro da receita da Ecovia.

Comparando os dois modelos, o diretor da ABCR aponta outras alternativas, além da melhor distribuição das praças, que podem contribuir para a redução da tarifa. ?Cada contrato tem sua característica própria e é preciso se analisar um a um. Contudo, nos nossos contratos tem trechos de estradas sem cobrança de pedágio, que não existe no modelo novo. Além disso, os novos terão obras com isenção de PIS e Cofins, e crédito com juros baixos do BNDES?, argumentou.

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