O presidente em exercício do PDT do Paraná, deputado Augustinho Zucchi, disse que a direção estadual do PT usou o “bom senso” ao estabelecer o mês de março do próximo ano como o prazo para definir se faz aliança ou lança candidato próprio à sucessão estadual.
“Respeitamos as decisões internas do PT, mas até março, nada mesmo se define”, resumiu o dirigente estadual do PDT. Enquanto o PT espera pela resposta do senador Osmar Dias à proposta de aliança para a disputa ao governo, mas já cogita a candidatura própria, o PDT também reatou as conversas com o PSDB.
O PT quer o apoio de Osmar à sua candidata a presidente da República, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Já o PSDB trabalha para que o pedetista aceite compor uma aliança concorrendo à reeleição para o Senado numa chapa que seria encabeçada pelo prefeito de Curitiba, Beto Richa, ou pelo senador Alvaro Dias.
Mas assim como não sinaliza se aceita a oferta do PT, o pedetista também mantém os tucanos em suspense, jurando que não retira a candidatura ao governo.
Ontem, em Ponta Grossa, o presidente nacional do PDT e ministro do Trabalho do governo Lula, Carlos Lupi, reforçou a tese de que Osmar será candidato, com ou sem alianças.
Lupi afirmou que a candidatura de Osmar é “irreversível” e “prioridade” da direção do partido. Osmar e Lupi foram a Ponta Grossa participar da solenidade de municipalização da Agência do Trabalhador.
Pausa
No PSDB, a estratégia é adiar as definições até março de 2010, quando o prefeito Beto Richa terá que decidir se deixa a prefeitura de Curitiba para concorrer ao governo.
O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, informou ontem que encerrou na semana passada a realização dos encontros municipais do partido e que somente serão retomados a partir da segunda quinzena de janeiro do próximo ano.
Os encontros estavam servindo como vitrine para o prefeito de Curitiba, Beto Richa, no interior do Estado. O senador Alvaro Dias esteve presente apenas a um da série de encontros do partido que, em 2010, serão realizados também nos municípios da região metropolitana de Curitiba.
Durante a semana, o PSDB promoverá as reuniões nas cidades vizinhas à capital e, nos finais de semana, Beto voltará a viajar pelo interior, informou Rossoni. Em 2010, o PSDB irá concentrar as reuniões do partido na região Oeste do Estado, onde pesquisas internas mostram que há vantagem da candidatura de Osmar Dias sobre as opções tucanas.
“Nós vamos intensificar no Oeste porque quanto mais forte estivermos lá, melhor. O Osmar é forte lá e como esperamos que ele seja nosso aliado, vamos ficar uma potência na região”, disse.