Partidos firmam pacto para 2006

As direções do PSDB, PDT e PFL planejam selar antecipadamente um pacto para a sucessão estadual do próximo ano em um encontro reunindo os três partidos que está sendo programado para o final deste mês, em Curitiba. Na reunião, será formada uma coordenação conjunta para começar a formulação do projeto de governo da pré-aliança, que tem como pré-candidato ao governo o senador Osmar Dias (PDT).

Representantes das três siglas na Assembléia Legislativa – Durval Amaral (PFL), Valdir Rossoni (PSDB) e Augustinho Zucchi (PDT) – integram uma comissão encarregada de organizar o evento. O líder da bancada tucana, deputado Ademar Traiano, disse que a intenção é mostrar para a opinião pública que os partidos de oposição ao governo estadual estarão num mesmo palanque no próximo ano. "Queremos mostrar que estamos em sintonia", afirmou o tucano.

Para Amaral, não se trata de uma aliança precoce. Pelo contrário, afirma o vice-presidente do PFL estadual. Amaral acha que já está mais do que na hora de os senadores Osmar e Alvaro Dias resolverem fraternamente suas diferenças políticas. Os dois irmãos são pré-candidatos ao governo. Um pelo PSDB e outro pelo PDT, mas os dois partidos trabalham para lançar um candidato único e, conforme os líderes de ambos, Osmar tem preferência na candidatura.

"O senador Osmar Dias é um nome de consenso entre os três partidos. E nós achamos que o entendimento entre o Osmar e o senador Alvaro Dias tem que se tornar público. A população não pode ter dúvidas de que eles estarão no mesmo palanque. Nós temos a compreensão de que sem o apoio do Alvaro não teremos condições de chegar ao governo. A dúvida sobre isso não é estratégica", disse o pefelista.

Problema pessoal

Mas há quem discorde do deputado Durval Amaral. Para o vice-presidente do PSDB, deputado Hermas Brandão, enquanto não houver uma decisão final sobre a verticalização das coligações, é prematuro lançar alianças e discutir candidaturas. Brandão também acha que o conflito de interesses eleitorais entre os dois irmãos é uma questão pessoal. "Esse não é um assunto do partido. Isso é um problema familiar", afirmou o dirigente tucano.

Ele admite, entretanto, que o duplo projeto eleitoral da família Dias é um problema que a oposição terá de enfrentar. "A população não aceita dois candidatos da mesma família", citou Brandão. Ele lembrou que a disputa entre os irmãos Requião – Maurício e Eduardo – na eleição para a Prefeitura de Curitiba em 2000, foi uma amostra de que divisão familiar na política não funciona. "Os dois não foram bem votados", lembrou.

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