Palácio quer aliado no comando da AMP

O Palácio Iguaçu decidiu apoiar o prefeito de Castro, Moacyr Fadel (PMDB), para o comando da Associação dos Municípios do Paraná. Há dois anos presidida pelo prefeito de Nova Olimpia, Luiz Sorvos (PDT), que atuou na campanha do senador Osmar Dias (PDT) na disputa eleitoral do ano passado, a entidade elege uma nova diretoria em abril. Fadel é o nome da preferência do governador Roberto Requião (PMDB), informou o secretário da Casa Civil, Rafael Iatauro.

Na próxima segunda-feira, dia 12, a entidade se reúne em assembléia geral para decidir a data da eleição. Por enquanto, são dois candidatos. O concorrente de Fadel também é do PMDB: o prefeito de Carlópolis, Isaac Tavares da Silva. Os dois já integram a direção da entidade. Fadel é 1.º secretário e Silva ocupa a 2.ª vice-presidência.

A opção do Palácio Iguaçu pela candidatura de Fadel pode deixar os prefeitos peemedebistas em uma situação desconfortável. Tavares da Silva não abdica da candidatura para apoiar Fadel e descarta composições. ?Uma parte do governo está comigo. E a única composição que eu aceito é comigo na cabeça de chapa. Eu já abri mão dessa candidatura outras vezes e não vou fazer agora?, afirmou o prefeito de Carlópolis. Ele citou que, na eleição anterior, abriu mão da candidatura em favor de Ari Stroher, que acabou cedendo a candidatura para Sorvos. ?Sou candidato até o fim?, afirmou.

Tavares da Silva disse que nem mesmo uma opção pública de Requião por Fadel o fará desistir da disputa. ?Eu acho que o governador deveria ficar neutro. Se ele apoiar um de nós é o caminho errado. Afinal, somos dois prefeitos do PMDB?, comentou.

O atual presidente da entidade acompanha os movimentos eleitorais de longe. Sorvos optou por não ser candidato à reeleição após a derrota do senador Osmar Dias no segundo turno da eleição. Sorvos foi um dos coordenadores da campanha e teria dificuldades em angariar apoios entre os prefeitos contra um candidato do partido do governador.

Diálogo

O prefeito de Castro afirmou que o apoio do Palácio Iguaçu é importante para o trabalho da entidade. ?A minha boa relação com o Requião será boa para os prefeitos. Porque além de a nossa região precisar de mais representação, ainda é bom para todos porque os municípios precisam do apoio do governador. Não adianta ficar quatro anos na presidência sem mesmo ser recebido no Palácio Iguaçu. É preciso ter diálogo com o governador?, justificou.

Fadel disse que a possibilidade de acordo com o concorrente do mesmo partido é a mesma apontada por Tavares da Silva. ?Faço minhas as palavras dele. Estou aberto para a composição desde que eu seja o candidato a presidente. Se quiser, ele pode vir para a minha chapa, que está aberta. Só não pode ser vice-presidente porque o lugar já tem dono?, provocou. A vaga foi oferecida ao prefeito de Piraquara, Gabriel Jorge Samaha (PPS). ?O prefeito de Carlópolis está irredutível. E eu não gosto de caboclo duro?, acrescentou.

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