Sucessão

Osmar diz que aliança com PT segue indefinida

O senador Osmar Dias (PDT) disse que ainda não foi procurado pelos dirigentes do PT para reatar os contatos sobre a sucessão estadual. Em processo de recuperação de uma gripe sazonal, em Curitiba, o pré-candidato do PDT ao governo afirmou que, até ontem no início da tarde, não recebeu convite para voltar à mesa de negociação.

Osmar afirmou que sua posição também continua a mesma de há duas semanas, quando quando os petistas paranaenses firmaram posição a favor da candidatura da ex-presidente estadual do PT Gleisi Hoffmann ao Senado e alguns se excederam nas críticas à posição de Osmar.

“E eu não tenho mais como conversar aqui porque não tenho motivo para suportar aquele nível de agressão. Se o presidente Lula achar que a aliança é importante, conversamos”, declarou Osmar, que gostaria de ter Gleisi como candidata a vice-governadora na sua chapa.

Para Osmar, não há novidade nas projeções que indicam que a aliança entre PT e PDT poderia ajudar a pré-candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à presidência da República, no Paraná, onde o pré-candidato do PSDB, José Serra, está em vantagem, segundo as pesquisas de intenções de votos.

“Nós não precisamos de pesquisa para conhecer a realidade. Mas o PT também tem suas alternativas. Vai ver que o palanque para o Senado pode ajudar mais a ministra Dilma que uma candidatura ao governo”, provocou o senador.

Agência Senado
Osmar: não suporto agressão.

Pausa

O presidente estadual do PT, deputado estadual Enio Verri, confirmou o adiamento da reunião do diretório estadual do partido, que havia sido convocada para amanhã, 24, em Curitiba.

Verri avaliou que, como haverá nova reunião na próxima semana, em Brasília, para tratar da sucessão estadual, é conveniente reunir o diretório depois do encontro com a direção nacional que pretende reabrir ou encerrar oficialmente as negociações com o PDT. A definição do partido sobre a eleição estadual era o principal ponto da pauta da reunião do diretório estadual.

O grupo que comanda o partido no Estado acha que, para o projeto do PT do Paraná, é fundamental a eleição para o Senado. O presidente estadual do partido tem reafirmado que um aliado não pode querer controlar todas as vagas majoritárias da disputa.

Porém, a expectativa do PDT é liberar as duas vagas ao Senado para atrair o PP e o PMDB. Para os petistas, é improvável incorporar o PMDB ao acordo. O deputado federal André Vargas destaca que o PMDB já tem um pré-candidato à sucessão, o governador Orlando Pessuti, e que não há sinais de que possa recuar dessa posição.

Pessuti ainda enfrenta resistências internas, mas está no comando do governo e acredita que, apesar das divergências, o ex-governador Roberto Requião vai garantir o apoio do partido ao projeto da candidatura própria.