Oposição volta a falar em criar CPI

Os deputados que participam do bloco de oposição ao governo voltaram a defender ontem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o contrato entre a Sanepar e a Pavibras. O deputado Augustinho Zucchi (PDT) disse que as dúvidas sobre a regularidade das correções contratuais pagas à empreiteira somente podem ser elucidadas com uma análise mais profunda das informações.

Zucchi disse que, diante do que chamou de divergências de opiniões entre o atual presidente do Conselho de Administração da Sanepar, Pedro Henrique Xavier, e o ex-ocupante do cargo, o procurador Sérgio Botto de Lacerda, somente por meio de uma CPI ou de uma Comissão Especial a Assembléia Legislativa poderia chegar a uma conclusão sobre a procedência das denúncias.

O líder da bancada de oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), já havia defendido a apuração formal pela Assembléia Legislativa das denúncias quando Pedro Henrique Xavier fez seu depoimento no dia 27 de abril. De acordo com Rossoni, que ontem recebeu um relatório de uma auditoria realizada pelo Ministério Público Estadual sobre as obras, não há dúvidas de que houve ?má-fé pública? e é necessário apurar as responsabilidades.

Rossoni considerou insuficientes os esclarecimentos prestados pelo procurador. ?Ele não respondeu e não esclareceu nenhuma dúvida da oposição. Não chegamos a nenhuma conclusão sobre as irregularidades cometidas pela Sanepar e pelo conselho administrativo da estatal, e nem sobre as apólices falsas. Queremos e vamos aprofundar o tema?, afirmou.

O líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), disse que a discussão sobre o contrato não é jurídica e sim de ordem técnica. Romanelli afirmou que o problema com a Pavibras começou no governo de Jaime Lerner (PSB), que fez a licitação vencida pela empreiteira, em 2002, sem ter cumprido alguns requisitos para a execução do programa de saneamento ambiental. ?Acredito que houve um erro na contratação da Pavibras, já que o governo Jaime Lerner abriu licitação sem ter desapropriações e licenças ambientais para iniciar as obras?, afirmou.

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