Oposição se compromete a investir 25% em educação

Cumprir a legislação e aplicar, no mínimo, 25% da arrecadação de impostos na educação básica, como manda a Constituição. Esta foi uma das promessas feitas pelos candidatos ao governo do Estado que participaram ontem de um debate promovido pela APP-Sindicato, entidade representativa dos professores e profissionais de educação da rede pública estadual.  

Dos onze candidatos, quatro não compareceram no debate: Ivo Souza (PCO), Melo Viana (PV), Ana Lúcia Pires (PRTB) e Roberto Requião (PMDB). Compareceram Antônio Roberto Forte (PSL), Flávio Arns (PT), Jorge Martins (PRP), Luiz Adão (PSDC), Luiz Felipe Bergmann (PSOL), Osmar Dias (PDT) e Rubens Bueno (PPS). Eles apresentaram as suas propostas para a educação no Paraná e responderam perguntas de entidades da categoria. Antes do debate, a APP-Sindicato entregou aos candidatos as reivindicações e propostas para a educação nos próximos quatro anos.

A principal reivindicação é justamente o financiamento da educação básica. Segundo a Constituição, o governo estadual precisa investir pelo menos 25% do que se arrecada na educação básica. Para Marlei Fernandes, da coordenação política da APP-Sindicato, desde 1999 este percentual não é cumprido. ?Com mais recursos, daremos o salto de qualidade que precisamos?, opina. Todos os candidatos prometeram fazer valer a lei ou até incrementar o volume de recursos direcionados para a educação básica.

Outro assunto polêmico tratado no debate foi a equiparação salarial dos professores em relação aos outros cargos do Poder Executivo. Todos os candidatos presentes disseram que este é um fator importante para a categoria. ?Pode-se fazer a equiparação salarial, mas não dá para assumir isso no 1.º ano de governo, porque trabalhamos com orçamento determinado pelo governo anterior?, disse Osmar Dias. ?A função de professor é tão importante quanto as outras do Poder Executivo?, declarou Luiz Felipe Bergmann. ?Há uma discriminação muito grande dos professores no Paraná?, avaliou Rubens Bueno. ?Faremos a equiparação salarial dentro das possibilidades orçamentárias?, comentou Jorge Martins. ?Prometo fazer a equiparação já?, afirmou Luiz Adão. ?Chega de discriminação com a categoria da educação?, falou Flávio Arns.

Além do financiamento de pelo menos 25% da arrecadação do Estado e a equiparação salarial, todos os candidatos foram a favor da redução do número de alunos dentro da sala de aula, a criação de um plano de carreira e a realização de concurso público para atender a demanda de professores na rede estadual de ensino. Os candidatos ainda foram contra a contratação de professores e funcionários pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS).

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