Oposição arma plano para Curitiba

Da mesma forma que o PSDB, PPS e DEM (ex-PFL) se articulam para fazer oposição ao governo federal, o PT, PMDB e PCdoB também estão buscando se constituir como uma frente desde já, visando a disputa municipal do próximo ano. Esta foi a explicação do presidente estadual do PT, deputado federal André Vargas, para a assinatura ontem de um protocolo entre os três partidos, que vai resultar na criação de um grupo de acompanhamento eleitoral para montar as chapas de 2008 para as prefeituras e câmaras municipais.

O documento foi firmado entre Vargas, o presidente do diretório estadual do PMDB, Renato Adur, o secretário-geral do PMDB, João Arruda, e o presidente do diretório estadual do PCdoB, Milton Alves. Adur explicou que nem sempre o entendimento local irá evoluir para uma chapa única. Principalmente em Curitiba, Londrina e Maringá, onde há segundo turno, PT e PMDB não trabalham com a expectativa de palanque único. Nas três cidades, a aliança deve ser adiada para o segundo turno.

Adur afirmou que PMDB e PT cometeram um erro estratégico em 2004, quando se juntaram em coligação para o lançamento da candidatura do petista Angelo Vanhoni para a prefeitura de Curitiba e perderam a eleição para o tucano Beto Richa. ?Fizemos uma reflexão e o entendimento é de que se tivéssemos lançado dois candidatos, teríamos tido um fato novo no segundo turno. Foi uma lição. Tentamos encurtar o caminho e não foi a melhor solução?, afirmou o dirigente peemedebista.

João Arruda disse que nas cidades onde houver entendimento para uma aliança para a eleição à prefeitura, a cabeça de chapa pertencerá ao candidato que apresentar as melhores condições eleitorais. ?O candidato mais forte nós vamos saber através das pesquisas. Assim como as pesquisas também vão indicar se é melhor fazer coligação ou não?, afirmou.

Liberados

Adur destacou o caráter aberto do protocolo, ou seja, a inexistência de vetos a determinadas composições. Da mesma forma que o PT pretende incorporar nas suas alianças os partidos da coalizão do governo Lula, como o PDT, PTB, PP, o PMDB também não está proibido de buscar acordos com o PFL e o PSDB, que não entram no arco de coligações dos petistas.

Vargas afirmou que o PCdoB é um aliado histórico do PT, mas que o pré-acordo com o PMDB está sendo costurado desde a eleição do ano passado, quando os dois partidos se aliaram no segundo turno. Ele destacou que a articulação ganhou força com a participação institucional do PT no governo estadual do PMDB, e do PMDB no governo federal do PT. 

Voltar ao topo