Nigéria pede reunião a Lula

Abuja – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendeu a um pedido do presidente da Nigéria, Olosegum Obasanjo, e concordou, ontem, em organizar uma reunião de cúpula dos países da América do Sul e da África em 2006, com o objetivo de estreitar as relações entre eles. Há uma possibilidade de que essa reunião seja realizada no começo do próximo ano. Ainda não está definido o local. Lula, Obasanjo e ministros brasileiros e nigerianos encerraram ontem, uma reunião de trabalho. Em agosto próximo, Lula abrirá em Brasília uma reunião de cúpula de países sul-americanos. Obasanjo aceitou convite de Lula para visitar o Brasil em setembro deste ano, por ocasião das comemorações da independência do País.

Lula foi recebido com festa por um grupo da etnia Fulani, do norte do Nigéria, ao chegar à Abuja, capital do país. Lula teve uma rápida conversa com o presidente da Nigéria, Olosegun Obasanjo, considerado um dos maiores líderes políticos da África, eleito em 2004, em segundo mandato. Um dos objetivos da visita do presidente brasileiro é ampliar as exportações com a Nigéria. O Brasil importa do país US$ 3,5 bilhões, sendo que a maior parte é em petróleo, e exporta apenas US$ 500 milhões.

Pela manhã, Lula se reuniu, em Iaundê, capital de Camarões, com o presidente Paul Biya, que reafirmou o apoio do governo à aspiração brasileira de ter acesso permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para Biya, é legítima a aspiração do governo brasileiro. Os dois presidentes assinaram comunicado conjunto e acordos nas áreas de saúde, educação e do cacau.

O palácio do governo, onde os acordos foram assinados, chamou a atenção da comitiva brasileira. O prédio luxuoso contrasta com a pobreza da população. "Estou me sentindo um astronauta", comentou bem-humorado o presidente Lula ao olhar para o teto redondo com luzes que pareciam brilhar como estrelas. No comunicado conjunto os dois presidentes prometem fazer gestões junto ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para que a reforma do Conselho de Segurança seja feita antes de setembro, quando será realizada a Assembléia Geral da ONU. 

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