Melo Viana diz que o PV do Paraná não é uma ONG

O presidente estadual do PV, Jorge Melo Viana, nega a existência de um movimento interno para afastá-lo do comando do partido no Estado. “Quem comanda o PV é a direção nacional. Não se muda direção passando o facão, derrubando ali ou cortando aqui”, disse Melo Viana que, em meio à discussão sobre a pré-aliança com o prefeito Luciano Ducci (PSB), teve a posição de comando questionada por integrantes da executiva, que pedem a convocação de uma convenção estadual para eleger um novo diretório ainda este mês.

Há cinco anos na presidência do partido, Viana afirmou que, formalmente, nenhum dos descontentes sugeriu que deixasse a presidência. “Eu tenho um diálogo com todos. Se querem discutir a troca, têm que trazer aqui. Mas isso nunca chegou aqui. Para mim, é mais um movimento feito pela imprensa”, afirmou o dirigente do PV.

Uma das críticas do desempenho de Viana na direção do Partido Verde é a deputada federal Rosane Ferreira, a única representante na Câmara do PV do Paraná. Há algumas semanas, Rosane defendeu uma guinada na atuação do PV do Paraná, afirmando que o partido teria deixado suas bandeiras de lado, e reclamou que deputados e vereadores também querem participar da direção estadual do partido

Melo Viana respondeu que nunca houve nenhum obstáculo para que os parlamentares ocupassem mais espaço na direção estadual. E não há razão para guinadas no partido, sustenta.  

Com dois deputados estaduais e um deputado federal eleitos no ano passado, e ostentando uma das maiores votações do país para a então candidata a presidente da República Marina Silva, o PV do Paraná está em alta conta na direção nacional, garante Melo Viana. “O PV do Paraná é um caso de sucesso e não de fracasso”, afirmou.

Divergências existem, admite o presidente estadual do PV. Mas são naturais dentro de um partido político, emendou. “Um partido político tem que ter o contraditório. Quando surge uma divergência de opinião não é guerra. O PV amadureceu. O PV era meio uma ONG, mas já fizemos a transição de ONG para partido político”, citou Melo Viana.

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