Lista complica mais de mil

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) divulgou os nomes dos 1.016 agentes públicos incluídos na lista dos considerados inelegíveis pelo Tribunal de Contas (TC) do Paraná. Dos 399 prefeitos paranaenses, 195 tiveram suas contas reprovadas, além de 642 vereadores e outros 84, entre secretários e gestores de fundos. As contas analisadas compreendem o período de 5 de julho de 1997 a 5 de julho de 2002, ou seja, a lista ainda pode aumentar.

Dentre os 191 prefeitos e ex-prefeitos com contas desaprovadas estão Luiz do Amaral, de Assis Chateaubriand (96); Élcio Berti, de Bocaiúva do Sul (97); Mohamad Ali Hamze, de Cambará (00); Harry Daijó, de Foz do Iguaçu (00); Perseu Matheus Pugliesi, de Jandaia do Sul (96); Carlos Antônio Tortato, de Paranaguá (96); e Antônio Teruo Kato, de Paranavaí, que teve as contas desaprovadas dos anos de 97 e 2000.

Além disso constam na lista o nome de Júlio Cezar Salomão, prefeito cassado de Morretes, em 1996, e de Jorge Scaff, de Londrina, que assumiu a Prefeitura da cidade em 2000, quando o então prefeito, Luiz Antônio Belinati foi cassado. Já na lista dos 96 prefeitos e ex-prefeitos que tiveram as contas de convênios, auxílios e subvenções desaprovadas estão, dentre outros, Acindino Ricardo Duarte, prefeito de Matinhos, e Vítor Burko, prefeito de Guarapuava.

A relação está 150% maior do que nas últimas eleições. Dos 1016 agentes públicos incluídos, só podem escapar da decisão do Tribunal de Contas os casos que estão sendo discutidos na justiça. Isso porque estes políticos já esgotaram todas as possibilidades de apresentação de recursos no Tribunal. “Os que entraram com uma ação na justiça, contestando a decisão do Tribunal de Contas podem reverter a situação. Caso contrário eles serão considerados inelegíveis”, explicou Jussara.

Os municípios com mais pessoas na lista do TC são Bela Vista do Paraíso, com 47 ocorrências, e Paranavaí, com 21. Com o documento a Justiça Eleitoral irá cruzar as informações com as candidaturas homologadas nas convenções partidárias, que acontecerão ainda este mês. Em caso de um pré-candidato constar nas duas relações, ele terá sua candidatura impugnada. (FP)

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